LIÇÕES DA HISTÓRIA/FABIO CAMPANA

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Lições da história/FABIO CAMPANA

Requião anda atento às lições da história. Ele profetiza um novo incêndio de Roma se a população não se unir contra candidaturas “burras, incompetentes e retrógradas”. Seu alvo é Osmar Dias. Por extensão o PT. Ontem, Requião chegou a anunciar retaliação contra o presidente Lula se ele descer por aqui para pedir votos para Osmar. Disse que se entenderá com o tucano José Serra e que vai desancar o PT com tanta revelação de maracutaias. Pois, pois, esse é o Requião. E ninguém duvide de que ele está louco para se agarrar no barco tucano. Irritado com as especulações sobre a sua possível renúncia da presidência do PMDB nativo para dar lugar a Requião, o deputado Waldyr Pugliesi disse que a palavra renúncia não faz parte de seu vocabulário. Ou seja, não adianta colocar a tropa de choque em cima dele, nem exigir sacrifícios que Pugliesi não está disposto a oferecer para não comprometer sua dignidade. Além do que, se Pugliesi aceitar, assume o vice que é o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, que já declarou que não deixa o cargo nem a pau. Tudo isso comprova que Requião já não tem o poder de que dispôs nesses anos de governador e suserano no PMDB nativo. Hoje, a rapaziada quer encontrar seu próprio caminho e sabe que com Requião tem grandes chances de naufragar. O cálculo mais generoso diz que devem voltar 10 dos dezessete deputados atuais. O resto vai ficar na planície.

De frente

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) convidou os três candidatos ao governo estadual para participarem, na próxima quinta-feira, no Teatro Positivo, de seminários para o setor agropecuário brasileiro. O vice-governador Orlando Pessuti, que assumirá o governo estadual a partir de abril, e os pré-candidatos ao Palácio Iguaçu senador Osmar Dias (PDT) e o prefeito Beto Richa (PSDB) ficarão cara a cara.

Confissão

O acusado de matar o cartunista Glauco e o filho dele, Raoni, confessou o crime à Polícia Federal, no Paraná, nesta segunda-feira. A prisão de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes aconteceu no fim da noite de domingo, em Foz do Iguaçu, quando ele tentava atravessar a fronteira com o Paraguai.

DEM decide

O DEM pode decidir com quem vai se aliar no Paraná. Está marcada para amanhã uma reunião dos líderes paranaenses com o presidente nacional do partido, Rodrigo Maia. Parte defende a aliança com o PSDB e Beto Richa, mas o presidente estadual da legenda, o deputado federal Abelardo Lupion, é da ala pró-Osmar Dias, do PDT. É esperar para ver.

Na cola

Alvaro Dias pretende ir para cima do tesoureiro do PT, João Vaccari, identificado em reportagem da Veja como um dos arrecadadores do mensalão petista usando fundos de pensão. Líder do PSDB a partir de maio, Dias vai cobrou na reunião da bancada que o partido entre com representação à Procuradoria Geral da República para aprofundar as investigações contra Vaccari.

Obras

O prefeito Beto Richa e o vice Luciano Ducci assinaram ontem ordens de serviço para obras na Regional Matriz, entre elas a construção de uma nova escola de educação integral, na Vila Torres, o decreto de desapropriação de um terreno para uma nova creche no mesmo bairro e a revitalização do Mercado Municipal. À noite, Richa cumpriu agenda na Regional Bairro Novo, onde também autorizou novas obras.

PMDB já

O governador Roberto Requião bateu o martelo. Quer assumir o PMDB já. Para isso determinou à tropa de choque que faça uma reunião quinta-feira, às 18h30, na sede do partido, para iniciar o movimento para que ele assuma o partido.

Vira-casaca

Do twitter do Requião: “Pessuti terá o apoio de Lula ou PMDB-PR apoiará Serra. Gostemos ou não esta é a realidade do Paraná.”

O DIA DO REQUIÃO

Hoje, Requião tratou de repensar sua trajetória depois do dia 31 de março, que se aproxima mais veloz do que imagina a vã filosofia de seu soturno ghostwriter. Descobriu que a vida apeado do poder muda. E muito. Terminam as reverências, o respeito e a possibilidade de decidir sobre a vida dos outros. Está amedrontado. Ainda mais quando as pesquisas sobre a corrida para o Senado apontam dificuldades.