Iraty vence o Atlético-PR, diminui diferença e dá supermando ao Coxa
Vitória do Azulão acaba com chances do
Furacão em alcançar o rival Coritiba na tabela de classificação e põe
fogo na briga pela vice-liderança
Eduardo Luiz Klisiewicz
Com isso, o Coxa conquistou o supermando do Campeonato Paranaense, ganhando dois pontos extras na fase final e o direito de mandar os sete jogos decisivos no estádio Couto Pereira. O Azulão e o Furacão garantiram suas classificações para a fase final.
Na próxima rodada (a última da primeira fase) o Furacão recebe o Paranavaí na Arena da Baixada, enquanto o Azulão vai até o Noroeste do estado para encarar o Cianorte, no estádio Albino Turbay.
O jogo
A grande dificuldade do Atlético não foi se adaptar ao estilo de jogo do novo treinador. Após a demissão de Antônio Lopes, no início da semana, o ex-auxiliar Leandro Niehues assumiu a equipe prometendo uma mudança na postura tática da equipe, saindo da defensiva (preferira de Lopes) e passando para a ofensiva (trunfo do novo comandante atleticano para ganhar moral com a torcida).
O que nem Niehus, nem os torcedores esperavam, é que o Iraty fosse a campo sem o mínimo de pudor. Os comandados de Gilberto Pereira entraram na partida dispostos a deixar bem claro de que o time da casa era o Azulão, terceiro colocado do campeonato até então. Após alguns minutos tentando encontrar o melhor posicionamento, os times começaram a mostrar as suas cartas.
Antes que alguém chegasse com perigo real ao gol adversário, o primeiro lance polêmico do jogo roubou as atenções. Aos 12 minutos, após receber uma falta de Gilvan, Javier Toledo se levanta para tirar satisfações com o adversário e lhe dá uma peitada, na frente do árbitro Edivaldo Elias da Silva. Ele esperou os jogadores se acalmarem, mostrou amarelo para o jogador do Iraty e expulsou o atleticano sem pestanejar.
Iraty melhor, mas sem objetividade
Após a expulsão do atacante adversário, o Iraty conseguiu evidenciar sua superioridade sobre o adversário. Com um a mais, o Azulão conseguiu cercar o Atlético e chegou com perigo algumas vezes. A melhor delas saiu dos pés do artilheiro da equipe, Ceará. Depois que recebeu de frente para o gol, ele abriu espaço e chutou forte. Neto fez a boa defesa aos 37 minutos.
Se não foram criadas muitas chances, o Azulão teve o domínio da posse de bola. “É complicado. Com um jogador a menos fica bem difícil. Temos nos empenhado ao máximo para tentar levar um bom resultado para casa”, disse o volante Valência. “Sem um jogador dificulta. Esta difícil para caramba, pois eles estão marcando muito. Vamos tentar um golzinho de bola parada ou encaixar uma jogada”, comentou Rhodolfo.
Mudança nas peças, mas não na atitude
No começo da segunda etapa a entrada de Tartá criou a falsa impressão de que o Furacão viria com todas as suas armas, de fôlego renovado, para buscar o resultado. O empate, naquele momento, tiraria do Rubro-Negro a chance de continuar brigando pelo supermando. Após alguns minutos de correria, o Atlético logo diminuiu o seu ritmo.
E se o empate já não era uma boa, a derrota criaria mais um problema. Além de dar adeus à liderança, o Furacão teria o Iraty em sua cola para a última rodada, ameaçando-lhe o posto de vice-líder da fase classificatória.
Aos dez minutos do segundo tempo o time da casa soltou o grito no estádio Emílio Gomes. Airton cobrou falta com capricho da direita, ninguém apareceu para completar ou cortar e, na caída da bola, Sílvio empurrou para as redes, abrindo o placar para o Azulão.
O jogo ficou cada vez mais tenso. Vendo as chances de terminar o 1º turno na frente do rival Coxa ir por água baixo, o Atlético passou a apresentar um futebol nervoso e sem amarras táticas. Na base do desespero, abria espaços e quase foi surpreendido em algumas oportunidades. As mudanças de Gilberto Pereira e Leandro Niehues deixaram o jogo mais ágil, mas a tensão fez com que a habilidade sumisse.
No fim, sobrou festa para o Azulão e decepção no Furação.