Em campanha
Ainda sem palanque, Dilma volta a Curitiba
A tendência é que a ex-ministra aproveite a
passagem pelo estado para tratar da possível aliança com o PDT do
senador Osmar Dias
Abraão
Benício
Dilma: impasse sobre vice
emperra aliança entre PDT e PT (foto: Franklin de Freitas)
Ainda sem um palanque definido no Paraná, a pré-candidata do PT a presidência da República, Dilma Roussef, desembarca na próxima sexta-feira em Curitiba. Apesar da agenda divulgada ontem pelo Diretório Estadual petista não revelar compromissos político-partidários, a tendência é que a ex-ministra aproveite a passagem pelo estado para tratar da possível aliança com o PDT do senador Osmar Dias.
As tratativas entre os dois partidos foram paralisadas nos últimos dias, por conta da resistência petista em atender a exigência do PDT para que Gleisi Hoffmann seja candidata a vice-governador na chapa encabeçada por Dias.
Na última sexta-feira, outro cacique de peso nacional, o presidente do PDT, ministro Carlos Lupi, esteve em Curitiba buscando a retomada das negociações.
Na semana passada, o presidente do PT/PR, deputado Ênio Verri, chegou a dar como encerrada a conversa com pedetistas e anunciar que seu partido terá candidato próprio ao Palácio das Araucárias.
Ontem, o deputado federal André Vargas – um dos petistas locais mais próximos da cúpula nacional da legenda e do presidente Lula – voltou a admitir a retomada da discussão. “Vai ser retomada a seu tempo. Isso depende de ambas as partes. Pode ser que a aliança seja acertada ainda no primeiro turno. Só existe um impasse. Isso é normal nesta época em ano de eleições”, minimiza.
Vargas porém garante que seu partido mantém a posição de lançar Gleisi Hoffmann como candidata ao Senado nas eleições de outubro. “O Lula já falou para o Osmar que se ele quisesse um vice do PT, esse seria o Samek. Ele não aceitou e o Samek não se desincompatibilizou”, explica o deputado em referência ao diretor-presidente da Usina de Itaipu, Jorge Samek.
O cacique petista afirma ainda que o partido não teme a possibilidade de enfrentar Osmar Dias, que poderia desistir de disputar o Palácio das Araucárias e concorrer a reeleição. “Não complica a Gleisi. Nós vamos ganhar a eleição. A Gleisi se preparou para disputar o Senado e o Osmar para disputar o governo. Uma mudança brusca pode ser um complicador”, reconhece.
Agenda – Oficialmente, a agenda de Dilma Roussef em Curitiba inclui um almoço com o governador Orlando Pessuti (PMDB), uma visita a instituição de caridade, conversa com empresários na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e um jantar com simpatizantes, por adesão, em Santa Felicidade. (AB)
