Agência AGP
Decisão foi tomada após reunião envolvendo
Secretaria de Educação, diretores dos colégios, Conselho Tutelar e pais
Educação
"Pulseirinhas do sexo" são proibidas nas escolas municipais de Maringá
Medida adotada pela Secretaria de
Educação busca evitar casos de violência sexual como ocorrido em
Londrina
Marcus Ayres
O ofício requisitando a proibição foi emitido pela Secretaria de Educação no último dia 24. “Fizemos uma reunião com os diretores, pais e com o Conselho Tutelar. Decidimos então proibir a entrada destes acessórios nas escolas como uma forma de prevenir as crianças e adolescentes de casos semelhantes aos de Londrina”, explicou a secretária da pasta, Márcia Socreppa. Em Maringá, cerca de 16.500 estudantes entre 7 e 14 anos cursam o Ensino Fundamental em 43 instituições de ensino.
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Mesmo sem a proibição na rede estadual da região, o Colégio Estadual Tancredo Neves , no Conjunto Branca Vieira, já determinou a não utilização das pulseiras dentro da instituição de ensino. “Como escola pública não podemos proibir, mas temos como acionar os pais. Por isso, decidimos nos adiantar e impedir a utilização dessas pulseiras. Muitos alunos usam sem ter noção do risco que elas representam”, afirmou o vice-diretor, Sinvaldo Camargo. Para o presidente do Sindicato de Estabelecimentos Privados de Ensino do Noroeste do Paraná (Sinepe/NOPR), José Carlos Barbieri, os colégios particulares ficarão atentos às pulseiras coloridas, mas os pais também devem estar mais presentes. “As instituições são criteriosas com as pulseiras, telefones celulares e equipamentos audivisuais. Agora, a sociedade está cobrando da escola o papel que é dos pais ou responsáveis. É o pai que deve verificar o que os filhos estão utilizando e onde estão utilizando”, afirmou.
Falta de educação sexual
Na opinião da psicóloga e sexóloga Eliane Maio Braga, proibir não é a solução, mas sim prevenir. Para ela, as escolas deveriam trabalhar mais a educação sexual com os estudantes. “Eu percebo que o fato da criança e do adolescente utilizar a pulseira é um jeito de “falar” de sexo. Hoje em dia há muita carência deste grupo para abordar o assunto com os pais. Então elas partem para conversar com pessoas da mesma faixa etária, que falam a mesma linguagem”, explicou.