Contra a violência
Serpa anuncia reforço de 500 policiais para a RMC
Novo secretário da Segurança Pública se
apresenta prometendo uma nova fase na pasta
Da Redação com agências
Coronel Serpa, em coletiva,
ontem: prioridades e nova fase na Secretaria de Segurança (foto: Jonas
Oliveira)
Entre as metas na sua gestão está o aumento do efetivo. Segundo Serpa, a contratação de novos policiais deve acontecer até o final de maio, quando deve terminar o treinamento de 1.100 soldados militares para todo o Paraná. Serpa também pediu a contratação de mais 500 PMs do último concurso, para incorporar ao efetivo de Curitiba e Região Metropolitana.
Quanto a questões polêmicas como o problema da superlotação nas delegacias do Estado, o coronel afirmou que irá trabalhar para que os presos condenados saiam das unidades da Polícia Civil e sejam absorvidos pelo sistema penitenciário. “Por lei, eles devem estar no sistema penitenciário. Iremos trabalhar para que isso aconteça, para melhorar a situação das delegacias do Paraná”, garantiu. “Um grande empenho também é demonstrar que esses presos são resultado de um serviço da polícia. Se tem bastante preso é porque a polícia está trabalhando”, afirma.
O Paraná é a terceiro do Brasil que mais prende criminosos, segundo dados do Ministério da Justiça, que apontou mais de 28,8 mil prisões no Estado, entre 2003 e 2009. O Paraná é ainda, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o segundo Estado que mais investe em policiamento, o quarto que mais investe em informação e inteligência e o sexto com maior efetivo policial militar.
Geoprocessamento — O novo secretário de Segurança Pública também garantiu que o investimento no programa Geoprocessamento – Mapa do Crime, que compila e analisa todos os dados da criminalidade no Estado, irá continuar, e que voltarão a ser divulgados para a população por meio da imprensa.
“É uma grande ferramenta que usaremos da melhor maneira possível. Os números que divulgamos são auditados por uma equipe de técnicos especializados e, por isso, levam certo tempo para serem divulgados. Garantimos que eles são os dados mais fiéis possíveis”, disse.
Divulgar os dados do Geoprocessamento foi uma promessa do ex-secretário Luiz Fernando Delazari, que disse que os dados seriam públicos a cada três meses. Mas a última vez que a Sesp divulgou um balanço do Mapa do Crime foi no segundo trimestre do ano passado, mas ainda assim com dados do último trimestre de 2008.
Com relação sobre as taxas reais de homicídios divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, o objetivo é que os dados não sejam mais colhidos pelo Instituto Médico Legal (IML), mas sim pela Delegacia de Homicídios. “No IML as mortes violentas entram como homicídio, mas nem toda morte violenta necessariamente é um homicídio”, diz Serpa.
