Caixão-móvel faz alegria de coveiro inglês
Veículo sombrio foi construído por fanático em cemitério
que pretende enterrar preconceitos
Do R7
Foto por Reprodução (Mail Online)
Aos 62 anos, o tatuador e coveiro britânico Phil
Bisset, de Harold Hill, subúrbio de Londres, acha que tem muita farra
pela frente na vida. O tiozinho gosta de uma balada e de sair à noite.
Mas, precavido, pretende já se acostumar com um ambiente em que vai
ficar quando não puder mais fazer suas algazarras. Por isso construiu,
ele próprio, o caixão-móvel.
Trata-se de um veículo de 2,13 m de comprimento que corre até a 160
km/h. Bisset comprou o caixão, feito no México, num site de vendas.
Pagou 1500 libras (R$ 4.073). Montou o carro a partir da esquife com
partes mecânicas de uma caminhonete, um bugue e um Ford dos anos 70. O
motor pesa 75 kg e tem 1300 cilindradas.
- Não ando em carro comum nem morto!
- Não gosto de automóveis comuns. Nem as pessoas: quando ando com meu caixão-móvel, muitos motoristas se distraem e quase batem o carro. A maioria das pessoas acha que eu sou da Família Adams, conta o inglês.
Ele fez umas adaptações importantes:
- Deixei as alças do caixão para que as pessoas possam perceber o que é o carro, diz ele.
A placa exibe a palavra “digg”, termo em inglês que significa "cavar" e indica a ocupação de Bisset. O coveiro gosta de cemitérios e pretende ser enterrado num caixão tão bonito quanto o que ele circula por Londres.
- Vejo pessoas mortas todo dia. Não gosto disso, claro. Quero ser enterrado de maneira bonita. Antes, minha ideia é tirar o estigma que as pessoas têm sobre a morte, sonha o tiozão, que garante não ser, de maneira alguma, um pé na cova.