Eleições
Para Dilma, falta de experiência eleitoral é sinal positivo
"Brasil está pronto para ser governado por
uma mulher", afirmou pré-candidata do PT
Agência
Estado
(foto: Reprodução)
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A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff,
respondeu hoje, em palestra na cidade de Rio Grande (RS), aos
adversários que fazem alusão à sua suposta inexperiência. Falando para
empresários, Dilma citou suas passagens pela Secretaria da Fazenda de
Porto Alegre, Secretaria do Estado das Minas e Energia do Rio Grande do
Sul (por duas vezes), Ministério das Minas e Energia e Casa Civil da
Presidência da República para mostrar que tem conhecimento de
administração pública. "Eu acredito que tenho uma experiência de gestão
razoável, aliás, do ponto de vista da União, acho que das maiores",
destacou. "Não tenho, entretanto, experiência eleitoral, e fico pensando
se às vezes não é bom isso porque seria uma lufada de ar novo numa
situação mais tradicional de se fazer política". Afirmou, ainda, que "o
Brasil está pronto para ser governado por uma mulher e as mulheres estão
prontas para governar o Brasil".A ex-ministra defendeu que o Banco Central mantenha sua atual autonomia operacional sem a necessidade de formalização da independência do órgão. "Do jeito como está é muito bom", afirmou. "Não é necessário a gente introduzir nenhuma modificação e não acho prudente mexer em time que está ganhando", reiterou, em manifestação provocada pelos repórteres, que queriam saber da reação da petista às declarações que seu adversário na corrida presidencial, José Serra (PSDB), fez na segunda-feira, quando afirmou que "o Banco Central não é a Santa Sé" e que sua autonomia deve ficar dentro de "certos parâmetros".
Indagada sobre a sinalização feita por Serra de que pode dar continuidade a programas do governo Lula, Dilma retomou as comparações. "Quem tem que provar que isso é possível é ele", provocou, para sustentar que já fez o que os outros prometem durante os sete anos e meio que permaneceu no governo. "Eu deixo a critério da população ver quem é mais próximo desse governo e mais identificado com a política de distribuição de renda e quem é mais com a estagnação, desemprego e desigualdade", reiterou. "Eu aposto na inteligência do povo brasileiro".