Bianca Garmatter / Agência de Notícias Gazeta do Povo
PRF já realizou 35 prisões em Paranaguá. Policiais se concentram na delegacia do município Ação contra roubo de cargas no porto de Paranaguá prende 55 no Paraná
Ao todo, 121 mandados de prisão serão cumpridos no PR, SP e SC. As investigações começaram a ser feitas pela PF e pelo MP-PR há 11 meses, depois que empresas que atuam no porto denunciaram o roubo de cargas
Fernanda Leitóles, Bianca Marchini Garmatter, especial para a Gazeta do Povo, e Marcus Ayres, da Gazeta Maringá Trinta e cinco foram presas em Paranaguá, no Litoral do estado, na manhã desta quarta-feira (6), até as 9h30, durante uma operação da Polícia Federal e pela Polícia Militar para prender membros de seis quadrilhas que desviavam cargas do Porto de Paranaguá. Até as 12h30, 55 pessoas tinham sido presas no Paraná, segundo a assessoria de imprensa da PF.
Na região de Maringá foram presas 12 pessoas acusadas de envolvimento no esquema. As prisões foram realizadas em Maringá, Mandaguari e Marialva.
Ao todo, 121 mandados de prisão serão cumpridos no Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
As investigações começaram a ser feitas pela PF e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) há 11 meses, depois que empresas que atuam no porto denunciaram o roubo de cargas.
Um dos 35 presos no Litoral é um policial civil da referida cidade do litoral paranaense. De acordo com o delegado da PF em Paranaguá, Jorge Luís Fayad Nazário, um fiscal da Receita Estadual e um advogado também foram presos no Litoral. Além desses, dois policiais civis devem ser presos em Curitiba.
Ao todo, 60 mandados de prisão preventiva serão cumpridos em Paranaguá - restavam ainda 25, por volta das 9h30. A PF cumprirá também 98 de busca e apreensão nos três estados.
Segundo a PF, duas mil toneladas de grãos foram desviadas do Porto de Paranaguá apenas neste ano. Os policiais são suspeitos de terem praticado os crimes de extorsão e prevaricação (não cumprimento da função pública por má-fé ou por improbidade).
Entre os membros das quadrilhas estão também caminhoneiros, funcionários de terminais portuários, donos de empresas de fachada – que fazem a emissão de notas frias - e receptadores. Além disso, outras pessoas eram intermediárias e passavam informações sobre as cargas desviadas.
Os intermediários também aliciavam os responsáveis pela pesagem das cargas em empresas e transportadoras. O advogado preso em Paranaguá seria o responsável por esses aliciamentos.
Alguns métodos utilizados pelos membros das quadrilhas para desviar as cargas eram o lançar descargas que não ocorreram nos sistemas dos terminais portuários, carregar os produtos retirados do Porto de Paranaguá em caminhão com placas clonadas e documentos falsos, e ainda a substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor, de acordo com a PF.
Os produtos mais desviados do porto eram óleo de soja e cloreto de potássio.
Troca de tiros
Os 35 presos no Litoral foram localizados em casa. Um deles reagiu a prisão e houve troca de tiros com os policiais federais e militares. Ninguém se feriu e o suspeito acabou preso.
Em outra situação, um dos suspeitos também foi preso por porte ilegal de arma.
Na região de Maringá foram presas 12 pessoas acusadas de envolvimento no esquema. As prisões foram realizadas em Maringá, Mandaguari e Marialva.
Com exceção das prisões que ocorreram no Litoral e na região de Maringá, a PF não soube informar, até as 12h30, em quais cidades do estado tinham sido cumpridos os demais mandados de prisão preventiva.
Ao todo, 121 mandados de prisão serão cumpridos no Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
As investigações começaram a ser feitas pela PF e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) há 11 meses, depois que empresas que atuam no porto denunciaram o roubo de cargas.
Um dos 35 presos no Litoral é um policial civil da referida cidade do litoral paranaense. De acordo com o delegado da PF em Paranaguá, Jorge Luís Fayad Nazário, um fiscal da Receita Estadual e um advogado também foram presos no Litoral. Além desses, dois policiais civis devem ser presos em Curitiba.
Ao todo, 60 mandados de prisão preventiva serão cumpridos em Paranaguá - restavam ainda 25, por volta das 9h30. A PF cumprirá também 98 de busca e apreensão nos três estados.
Segundo a PF, duas mil toneladas de grãos foram desviadas do Porto de Paranaguá apenas neste ano. Os policiais são suspeitos de terem praticado os crimes de extorsão e prevaricação (não cumprimento da função pública por má-fé ou por improbidade).
Entre os membros das quadrilhas estão também caminhoneiros, funcionários de terminais portuários, donos de empresas de fachada – que fazem a emissão de notas frias - e receptadores. Além disso, outras pessoas eram intermediárias e passavam informações sobre as cargas desviadas.
Os intermediários também aliciavam os responsáveis pela pesagem das cargas em empresas e transportadoras. O advogado preso em Paranaguá seria o responsável por esses aliciamentos.
Alguns métodos utilizados pelos membros das quadrilhas para desviar as cargas eram o lançar descargas que não ocorreram nos sistemas dos terminais portuários, carregar os produtos retirados do Porto de Paranaguá em caminhão com placas clonadas e documentos falsos, e ainda a substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor, de acordo com a PF.
Os produtos mais desviados do porto eram óleo de soja e cloreto de potássio.
Troca de tiros
Os 35 presos no Litoral foram localizados em casa. Um deles reagiu a prisão e houve troca de tiros com os policiais federais e militares. Ninguém se feriu e o suspeito acabou preso.
Em outra situação, um dos suspeitos também foi preso por porte ilegal de arma.