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Debate Folha/Rede TV!: debate morno e com Dilma mais 'contida'
Promessas, ops, considerações finais - Dilma chama Lula de "o maior presidente que este país já teve" e que o o Brasil "é a maior democracia do mundo" (ainda bem que Barack Obama não está vendo o debate). Ela bota a mão no peito para expressar a emoção de falar do país que poderá governar. O rol de promessas estourou o tempo da candidata. Serra termina o debate, dizendo "governar é para servir ao público e não para "se servir dele". Repete a questão dos "valores" - mote da campanha dele no segundo turno. Ambos falam de paz. Paz e amor, e pouca discussão relevante. Mais uma. Bebê a bordo no quarto bloco - a candidata do governo e o adversário tucano discutem quem vai cuidar melhor da Saúde e aí reaparecem o "Mãe Brasileira" do tucano, e a "Rede Cegonha", da petista. Dilma acusa o governo de Fernando Henrique de deixar o país "em petição de miséria". Serra diz que já existe o "Mãe Curitibana", do governo tucano no Paraná e que vai ampliá-lo para todo o país. No bico da cegonha vêm as promessas de ambos de criar e ampliar o programa tal e tal. Nana, neném. "Vovó" Dilma, contida, fala como quem conta história da Carochinha - "aí, então". Serra não tem carisma, também estica o tempo e ninguém aguenta mais ouvir as mesmas perguntas e respostas dos dois candidatos. A estratégia de Dilma neste debate foi clara: comparar o governo de São Paulo com o governo Lula. Cita números para criticar problemas na Saúde, Educação e Segurança em São Paulo. Serra diz que a eleição para o governo paulista já acabou e o PT perdeu. Dilma recua e compara os governos FHC e Lula, desfiando números de novo. O tucano lembra outra vez os elogios de petistas ilustres ao ex-presidente. Dilma perde o "direito de resposta", quando o tucano lembrou da inflação alta quando Fernando Henrique assumiu, "porque Serra disse que "ela era a favor da inflação". Vento 'quente' no terceiro bloco - a candidata Dilma cita Paulo Vieira de Souza, o "Paulo Preto", ex-diretor de engenharia do governo, suspeito de desviar recursos para a campanha do tucano. Serra ataca de Erenice Guerra, a ex-assessora da Casa Civil, que Dilma indicou e foi seu braço direito. Serra "tergiversa", diz que desconhece o que o ex-diretor fazia, chama de "racismo" o apelido "Preto" - ele também é conhecido como "Negão". Dilma diz que "a diferença" é que "a Polícia Federal investiga" (no caso, Erenice). E ficamos conversados. Terminou o bloco, passou o bloco que prometia ser "quente". Foi só uma brisa. No segundo bloco do programa, Dilma retoma o tema "privatização" , insistindo na venda da Gás Brasiliano pelo governo paulista, e lembrando que durante o governo Fernando Henrique tentaram trocar o nome da Petrobras por Petrobrax. Serra rebateu, citando o noticiário da imprensa sobre o aumento das ações da empresa após ele subir nas pesquisas do segundo turno. Os tucanos na plateia aplaudiram. E aplaudiram de novo quando afirmou que "vai estatizar empresas públicas loteadas pelo PT". O debate parece o samba de uma nota só. O debate deste domingo repete as pautas do anterior, na Rede TV. Samba de uma nota só. Dilma, que se apresenta como "a candidata da continuidade", escorregou - e como ser diferente? - anunciando que criará clínicas terapêuticas e policiar as fronteiras, quando o assunto foi o combate ao tráfico de drogas. Vai ser difícil prometer mais isso e mais aquilo - afinal, se falta fazer, é porque Lula não fez, em oito anos de governo. Campo minado, ossos do ofício, ou melhor, ossos da candidatura. O início do debate dos presidenciáveis Dilma Rousseff e José Serra, promovido pelo jornal Folha de São Paulo e Rede TV!, começou tempo logo na primeira pergunta aos dois candidatos: apontar a maior qualidade e o maior defeito um do outro. O tucano, sorteado para responder primeiro, propôs que o eleitor decidisse. A candidata do governo saiu pela mesma tangente. E não esqueceu de dizer "graças a Deus" em menos de dois primeiros minutos de programa. Ao contrário do debate na Band - o primeiro do segundo turno - Dilma amenizou a agressividade. Mas repetiu seu verbo favorito: "tergiversar". O assunto "privatização" dominou a primeira pergunta de candidato para candidato. Dilma não foi objetiva ao formular a denúncia sobre a venda de uma empresa paulista. Serra, que extrapolou logo no início do programa, não é o rei da síntese, mas se Dilma não "editar" suas respostas, o debate vai começar a dar um soninho...e logo no primeiro bloco.
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Senado deve retomar votações só em novembro
Mesmo após a presidente em exercício do Senado, Serys Slhessarenko (PT), ter informado que pretende retomar as votações em plenário no próximo dia 20, a previsão é de que não haja quórum para as sessões deliberativas. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB), orientou os senadores da base aliada a não comparecer à Casa na próxima semana. Além disso, a ausência do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que se recupera de uma cirurgia cardíaca e ficará afastado até o fim do mês, contribui para o adiamento das votações. Além da orientação de Jucá para que a base aliada esvazie o Senado até a eleição, muitos parlamentares ainda estão envolvidos com o segundo turno da corrida aos governos estaduais. Haverá segundo turno em oito Estados e no Distrito Federal.