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Governo assedia os políticos que apoiam Serra
A ordem do presidente Lula, transmitida aos ministros, é total prioridade aos pedidos de governadores, senadores e deputados aliados, que foram eleitos ou reeleitos em 3 de outubro. Todos estão empenhados em uma espécie de força-tarefa para assediar políticos “desgarrados” da base governista, a maioria do PMDB, que apóiam a candidatura de José Serra. Alguns ministros cancelaram a agenda de trabalho para negociar cargos e a assumir o compromisso de liberar emendas parlamentares ainda este ano.
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Os ‘desgarrados’
Os alvos do assédio são políticos de partidos que apóiam Lula, como o senador eleito Luiz Henrique (PMDB-SC) e outros do PR, RS e MS.
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Olho-no-olho
Nesta quinta, o vice de Dilma, Michel Temer, chega a Campo Grande para um “tetê-a-tête” com o “desgarrado” governador André Puccinelli.
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QG do assédio
O assédio a aliados de Serra tem a chancela de Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e da Casa Civil, que falam em nome de Lula.
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Estado maior
A estratégia foi definida por Alexandre Padilha com o “estado maior” do assédio, do qual faz parte, entre outros, o senador Renan Calheiros.
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Você já sabia: quebra de sigilo foi obra tucana
O jornalista Amaury Ribeiro Jr confirmou à Polícia Federal o que esta coluna revelou em 3 de setembro: a violação do sigilo fiscal de tucanos ilustres foi produto da guerra entre Aécio Neves e José Serra pela candidatura do PSDB ao Planalto. Ele disse que passou a investigar a vida fiscal de tucanos após ser informado que o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, produzia um dossiê contra Aécio.
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Jogo bruto
Quando quebrado o sigilo fiscal de tucanos (setembro de 2009), estava no auge a guerra entre Serra e Aécio pela candidatura presidencial.
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Custou caro
Amaury Ribeiro Jr., que pretendia escrever reportagens e publicar um livro sobre o tema, pagou R$ 12 mil pelas informações sigilosas.
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Baixo nível
Após sua verborragia de palanque, jactando-se inclusive de “tirar o povo da merda”, Lula reclamou ontem do “baixo nível” da campanha...
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Marcha fascista
Deputados estaduais do Ceará aprovaram proposta do PT criando um “conselho” estadual, de inspiração fascista, para intimar e controlar a imprensa. É uma vingança pelas denúncias de mordomias, corrupção e abuso de poder contra o governador Cid Gomes (PSB) e aliados.
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Tudo opaco
A Transparência Brasil, de Claudio Weber Abramo, mantém silêncio constrangedor sobre o fato de o Superior Tribunal Militar negar à Folha de S. Paulo acesso ao processo de Dilma Rousseff, que é público.
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Movimento
O que resta de oposição no Senado se articula para barrar a eventual candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência da Casa. Como esta coluna revelou ontem, José Sarney não quer a reeleição.
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Novo inquilino
O senador eleito Ciro Nogueira (PP-PI) queria o gabinete do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que derrotou nas eleições, mas pegou mal e ele recuou. Vai ocupar agora o gabinete de Sérgio Guerra (PSDB-PE).
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Homem-bomba
Sem embaixador em Brasília há anos, o Iraque destacou para o cargo Baker Fattah Hussein, um químico que atuou como “guerrilheiro da causa curda”, como ele próprio se define.
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Nova Serra Pelada
Começa a operar em meados de 2012 a Nova Serra Pelada, parceria inédita da mineradora Colossus com uma cooperativa de garimpeiros, após a identificação de 50 toneladas de ouro, platina e paládio em área próxima ao garimpo no Pará, desativado nos anos 1990.
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Nova briga
Apos sua derrota em Alagoas, na disputa por uma vaga no Senado, Heloisa Helena agora resolveu brigar com o próprio partido, o PSOL, afastando-se de sua presidência. Agora, só falta brigar com ela mesma.
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Balanço
Acaba nesta quinta, em São Paulo, o IX Encontro Nacional da Inovação Tecnológica, promovido pelo Protec, para avaliação de resultados dos programas nacionais de apoio oferecidos pelo Senai, Sesi e Sebrae.
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Pensando bem...
...ninguém derruba o bispo no xadrez eleitoral.
- Poder sem pudor
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Previsão de analista
Definido que haveria segundo turno para a prefeitura do Recife, em 2000, entre Roberto Magalhães (PFL) e João Paulo (PT), a Rádio Jornal promoveu um debate sobre a influência das pesquisas no voto dos eleitores. Terminada a conversa, o radialista Geraldo Freire chamou no canto do estúdio o então deputado João Braga (PV-PE), especialista em pesquisas, e faz a pergunta: - Braga, aqui para nós, tu achas que João Paulo tem chances? - Geraldo, vai ser uma meeeeerda, mas João Paulo é o prefeito do Recife. João Paulo venceu e depois se reelegeria no primeiro turno.