PAULO MELO CORUJA NEWS
Representantes do PSDB e do DEM protocolaram na tarde desta segunda-feira (18) na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, pedido de investigação sobre a atuação de Valter Cardeal na Eletrobras. Diretor de Planejamento da estatal e homem de confiança da candidata Dilma Rousseff (PT), Cardeal teve o nome envolvido pelo banco alemão KfW na história de uma fraude de € 157 milhões,
de acordo com a edição desta semana da revista ÉPOCA. A reportagem teve acesso a ação indenizatória por danos materiais e morais apresentada contra a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), ligada a Eletrobras, pelo banco KfW. Na ação, que tramita na Justiça do Rio Grande do Sul, a instituição financeira da Alemanha afirma ter evidências de que Cardeal teria conhecimento, desde o início, da emissão de garantias ilegais e fraudulentas para respaldar os empréstimos destinados à construção de usinas de biomassa no Paraná e no Rio Grande do Sul. O diretor da Eletrobrás nega seu envolvimento. Em entrevista neste domingo (17) à noite, pouco antes do debate com o adversário José Serra (PSDB), Dilma saiu em defesa do aliado. “O banco é um banco alemão que aceitou um empréstimo com aval ilegal e está querendo, hoje, ganhar com esta questão. O banco está chorando”, afirmou a candidata.