PALMEIRAS VENCE NAS ALTURAS 1X0..UNIVERSIDADE DO SUCRE BOLIVIA

PAULO MELO CORUJA NEWS

Na altitude, Palmeiras usa arma 'Assunção' para ficar perto da vaga

Gol de falta do volante e boa atuação de Deola garantem vitória sobre o Universitario de Sucre pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana

Por GLOBOESPORTE.COM Sucre, Bolívia
Antes do duelo contra o Universitario de Sucre, Luiz Felipe Scolari afirmou que 70% da vaga para as quartas de final da Copa Sul-Americana seriam decididos na Bolívia. E, pela matemática do treinador alviverde, o Palmeiras está muito perto da classificação. Para derrotar o adversário e a altitude de 2.800m de Sucre na noite desta quinta-feira, o Alviverde contou com uma de suas armas mais eficientes. Graças a um gol de falta de Marcos Assunção, o time paulista derrotou a equipe boliviana por 1 a 0, no jogo de ida do duelo pelas oitavas da competição.As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, na Arena Barueri, às 22h (de Brasília). O Palmeiras joga pelo empate. O time classificado encara nas quartas de final o ganhador do duelo entre Atlético-MG e Santa Fé (Colômbia). No jogo disputado em Minas, o Galo venceu por 2 a 0.
Marcos Assunção PalmeirasMarcos Assunção comemora o gol que garantiu a vitória do Palmeiras em Sucre (Foto: Reuters)
Arma mortal palmeirense garante vantagem
A altitude da capital constitucional da Bolívia prejudicou o Palmeiras antes mesmo de a bola rolar. O volante Edinho passou mal horas antes do jogo e nem foi para o estádio da Pátria. Pierre ganhou a vaga, na única mudança em relação à equipe que iniciou a partida contra o Botafogo, no último domingo. Scolari desistiu de escalar um segundo atacante (Dinei ou Tadeu), como havia comentado na véspera do jogo, e manteve Rivaldo.
Consciente de que precisava dosar as energias no início da partida, o Alviverde adotou um postura de espera nos dez minutos iniciais. Já o time da casa se lançou para frente, priorizando cruzamentos sobre a área, apostando na trajetória instável da bola no ar rarefeito, e chutes de longe. Mas a maioria de seus jogadores demonstrou má pontaria e pouca técnica, com muitos erros de passes.
E foi com uma das principais armas do time - a precisão de Marcos Assunção - que o Palmeiras teve a sua primeira oportunidade. O volante cobrou falta sobre a área aos 17 minutos. A defesa do Sucre bobeou, e a bola chegou limpa para Kléber na pequena área. O atacante cabeceou rente ao travessão.
A arma funcionou com perfeição aos 26, após Kléber sofrer falta perto da área. Um dos responsáveis pela classificação do time para a fase internacional da Sul-Americana, com um gol de falta diante do Vitória, Marcos Assunção mostrou novamente categoria e eficiência, cobrando a infração no canto direito do goleiro Lampe, que apenas acompanhou a bola ir para a rede.
Diante do reduzido poder de fogo do adversário, o Palmeiras manteve a postura de aguardar os erros do rival e partir em contra-ataques. Em um deles, aos 35, Valdivia sentiu uma forte dor na coxa esquerda - a mesma que o afastou do treinamento de terça-feira. E teve que ser substituído. Tristeza para o chileno, que viu seus colegas entrarem em campo com um bandeira do seu país e uma faixa da saudação aos mineiros resgatados no deserto da Atacama.
Sucre pressiona na etapa final, e Deola garante
Aguirre Rivaldo Sucre x PalmeirasRivaldo evitou que Aguirre (à esquerda) empatasse
a partida no segundo tempo (Foto: Reuters)
No segundo tempo, o Universitario de Sucre, apesar da falta de técnica, partiu para a pressão. Com dez minutos da etapa final, o treinador argentino Javier Vega colocou um terceiro atacante em campo (Cirillo) no lugar de um meia (Junco). A mudança melhorou o time boliviano. E foi a vez do goleiro Deola aparecer no jogo.
O substituto de Marcos defendeu uma falta cobrada com força por Bejarano aos 12. E também o rebote, completado meio sem jeito por Cirillo. E o arqueiro também teve sorte e ajuda dos companheiros Rivaldo e Márcio Araújo para manter a sua meta invicta nove minutos depois. Após cobrança de escanteio, Bejarano completou de cabeça. A bola tocou na trave direita e voltou para o centro da pequena área, se oferecendo para Aguirre. O zagueiro chutou, e Rivaldo salvou o Palmeiras, cortando com o pé direito. Na sequência, Márcio Araújo salvou em cima da linha. Deola ainda apareceu bem aos 27, espalmando uma falta cobrada por Lima.
Diante da iniciativa do adversário e já sem o mesmo fôlego da etapa inicial, o Palmeiras apostou na marcação, tentando não dar espaços para o time boliviano. O time paulista pouco foi ataque no segundo tempo. Mas não deixou a Bolívia com uma vantagem ainda maior devido a um erro da arbitragem aos 35 minutos. Kleber chutou de fora da área, e o goleiro Lampe largou. Lincoln, que estava atrás do último defensor, acompanhou o chute e aproveitou o rebote, colocando a bola na rede. Mas o auxiliar César Escano marcou impedimento inexistente.
Nos minutos finais, o Universitario tentou pressionar, mas não mostrou o mesmo ímpeto anterior. E restou ao Palmeiras deixar o tempo passar e respirar mais tranquilo com a vantagem obtida na altitude de Sucre.
universitario de sucre 0 x 1 palmeiras
Lampe; Añez, Albarracín, Aguirre e Bejarano; Liendo, Lima, Gallegos (Morales) e Junco (Cirillo); Galindo e Fernández (Vaca). Deola, Márcio Araújo, Maurício Ramos (Leandro Amaro), Danilo e Gabriel Silva; Pierre (Fabrício), Marcos Assunção, Tinga, Rivaldo e Valdivia (Lincoln); Kléber.
Técnico: Javier Vega. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Gol: Marcos Assunção, aos 26 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Liendro, Aguirre, Molares (UNI), Marcos Assunção, Tinga e Fabrício (PAL)
Estádio: Pátria (Sucre, Bolívia). Árbitro: Victor Carrillo. Assistentes: César Escano e Jorge Yupanqui.