PAULO MELO CORUJA NEWS
Protestos avançam, e houve confrontos com mortes na capital, Trípoli.
A declaração foi feita em entrevista em inglês a jornalistas estrangeiros que estão na capital, Trípoli, sob proteção oficial.
Ele citou combates em duas cidades, Misrata e Zawiya.
Discurso
Mais cedo, Kadhafi voltou à TV e disse, em tom ameaçador, que iria "triunfar sobre os inimigos".
As imagens mostraram o coronel, que está no poder desde 1º de setembro de 1969, falando a uma multidão de partidários na Praça Verde, na capital.
Ele pediu à população que "se prepare" e proteja o país e também as instalações petrolíferas, importante fonte de riqueza da região. O país é o 12º maior produtor mundial de petróleo .
"O povo líbio ama Kadhafi", disse à multidão.
Kadhafi falou que, se necessário, vai abrir os arsenais do país para armar a população e as tribos.
"Retaliem contra eles, retaliem contra eles", disse Kadhafi. "Dancem, cantem e se preparem. Preparem-se para defender a Líbia, para defender o petróleo, a dignidade e a independência."
Avanço rebelde
Enquanto isso, os rebeldes contrários ao seu governo, que já praticamente tomaram o leste do país a partir da cidade de Benghazi, continuavam seu avanço em outras regiões do território líbio.
Kadhafi ainda domina a capital, mas, segundo testemunhas, algumas áreas de Trípoli já estão em poder dos rebeldes. Há relatos de que forças de segurança atiraram contra manifestantes em vários bairros nesta sexta, provocando mortes.
Também se intensifica a ofensiva diplomática contra o ditador, com a União Europeia e o Conselho de Segurança da ONU preparando sanções contra o governo.
Os EUA anunciaram o cancelamento das operações de sua embaixada no país e afirmaram que estão preparando sanções contra o governo líbio.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU recomendou a suspensão da Líbia e decidiu enviar uma missão ao país para avaliar as violações. Durante a sessão, a delegação líbia anunciou seu rompimento com Kadhafi.
Vários diplomatas e autoridades líbios também estão renunciando a seus cargos ou rompendo com o ditador, o que evidencia seu isolamento.
As Nações Unidas seguem preocupadas com a situação humanitária do pais, temendo uma crise na distribuição de alimentos no país e também um colapso gerado pelas mais de 30 mil pessoas que deixaram o país, temerosas da violência.
O número de mortos pela repressão aos protestos é uma incógnita. O governo fala em pelo menos 300, mas organizações e outras fontes, como o embaixador adjunto da missão líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, falam em "milhares".
Filho de Kadhafi acena com negociação com rebeldes na Líbia
Protestos avançam, e houve confrontos com mortes na capital, Trípoli.
Mais cedo, ditador disse em discurso que iria 'triunfar sobre inimigos'.
O Exército da Líbia vai se conter na repressão aos rebeldes no oeste do país para que seja possível uma negociação, anunciou nesta sexta-feira (25) Said Al Islam, filho do ditador Muammar Kadhafi, depois de mais um dia de repressão a manifestações na capital, Trípoli.
O filho do ditador afirmou que espera que um acordo de paz seja fechado ainda neste sábado com os manifestantes que pedem a renúncia do coronel, no poder desde 1969.A declaração foi feita em entrevista em inglês a jornalistas estrangeiros que estão na capital, Trípoli, sob proteção oficial.
Ele citou combates em duas cidades, Misrata e Zawiya.
Mulheres protestam contra o regime de Kadhafi nesta sexta-feira (25) na cidade líbia de Tobruk (Foto: AP)
"Nós estamos lidando com terroristas", disse. "O Exército decidiu não atacar os terroristas e dar uma chance à negociação. Espero que a façamos pacificamente e o faremos amanhã (sábado)."Discurso
Mais cedo, Kadhafi voltou à TV e disse, em tom ameaçador, que iria "triunfar sobre os inimigos".
Ele pediu à população que "se prepare" e proteja o país e também as instalações petrolíferas, importante fonte de riqueza da região. O país é o 12º maior produtor mundial de petróleo .
"O povo líbio ama Kadhafi", disse à multidão.
Kadhafi falou que, se necessário, vai abrir os arsenais do país para armar a população e as tribos.
Avanço rebelde
Enquanto isso, os rebeldes contrários ao seu governo, que já praticamente tomaram o leste do país a partir da cidade de Benghazi, continuavam seu avanço em outras regiões do território líbio.
Kadhafi ainda domina a capital, mas, segundo testemunhas, algumas áreas de Trípoli já estão em poder dos rebeldes. Há relatos de que forças de segurança atiraram contra manifestantes em vários bairros nesta sexta, provocando mortes.
Também se intensifica a ofensiva diplomática contra o ditador, com a União Europeia e o Conselho de Segurança da ONU preparando sanções contra o governo.
Os EUA anunciaram o cancelamento das operações de sua embaixada no país e afirmaram que estão preparando sanções contra o governo líbio.
Vários diplomatas e autoridades líbios também estão renunciando a seus cargos ou rompendo com o ditador, o que evidencia seu isolamento.
As Nações Unidas seguem preocupadas com a situação humanitária do pais, temendo uma crise na distribuição de alimentos no país e também um colapso gerado pelas mais de 30 mil pessoas que deixaram o país, temerosas da violência.
O número de mortos pela repressão aos protestos é uma incógnita. O governo fala em pelo menos 300, mas organizações e outras fontes, como o embaixador adjunto da missão líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, falam em "milhares".