PAULO MELO CORUJA NEWS
Há tantas maneiras de escrever o nome do ditador da Líbia, no poder desde 1969, que muitos podem pensar que não é a mesma pessoa.
A confusão se justifica pelo fato de não haver um consenso entre especialistas para a transliteração de nomes árabes para o alfabeto latino, usado na maioria das línguas ocidentais. A escrita é baseada nos fonemas árabes.
A liberdade para combinar as letras gerou 112 diferentes formas de escrever o nome do ditador, de acordo com a rede norte-americana ABC.
Segundo a ABC, a biblioteca do Congresso americano lista 72 grafias diferentes. O jornal "New York Times" e as agências Associated Press (americana) e Xinhua (chinesa) utilizaram 40 grafias de 1998 a 2008. Atualmente, o "NYT" grafa "Qaddafi".
No final da década de 80, a Folha padronizou a grafia 'Gaddafi' em suas menções ao sobrenome do ditador.
O objetivo foi adotar em português uma transliteração mais próxima da pronúncia do nome na Líbia, entre várias opções possíveis. A mesma grafia é usada pelo jornal britânico "Financial Times" e pela rede Al Jazeera em inglês, entre outros.
SONS DIFERENTES
Com 28 letras, o alfabeto árabe tem caracteres completamente distintos dos do latino, alguns sem sons correspondentes em português.
Segundo o professor Helmi Nasr, ligado à Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, há duas letras no nome de Gaddafi que não possuem equivalência no alfabeto latino. Uma delas poderia ser uma espécie de "q" enfático e a outra, algo como "tzhã".
Para o tradutor árabe Ibrahim Errguybi, a grafia do nome do líbio "depende da pronúncia de cada um". Gaddafi é referência a Gadhadhfa, a tribo de origem do ditador.
Nome de ditador líbio pode ser escrito de dezenas de formas
ALINE PELLEGRINI ROGÉRIO ORTEGA
DE SÃO PAULO
Muammar Gaddafi, Muamar Khadafi, Muammar al-Gathafi, Momar Kadaffi. DE SÃO PAULO
Há tantas maneiras de escrever o nome do ditador da Líbia, no poder desde 1969, que muitos podem pensar que não é a mesma pessoa.
A confusão se justifica pelo fato de não haver um consenso entre especialistas para a transliteração de nomes árabes para o alfabeto latino, usado na maioria das línguas ocidentais. A escrita é baseada nos fonemas árabes.
A liberdade para combinar as letras gerou 112 diferentes formas de escrever o nome do ditador, de acordo com a rede norte-americana ABC.
Segundo a ABC, a biblioteca do Congresso americano lista 72 grafias diferentes. O jornal "New York Times" e as agências Associated Press (americana) e Xinhua (chinesa) utilizaram 40 grafias de 1998 a 2008. Atualmente, o "NYT" grafa "Qaddafi".
No final da década de 80, a Folha padronizou a grafia 'Gaddafi' em suas menções ao sobrenome do ditador.
O objetivo foi adotar em português uma transliteração mais próxima da pronúncia do nome na Líbia, entre várias opções possíveis. A mesma grafia é usada pelo jornal britânico "Financial Times" e pela rede Al Jazeera em inglês, entre outros.
SONS DIFERENTES
Com 28 letras, o alfabeto árabe tem caracteres completamente distintos dos do latino, alguns sem sons correspondentes em português.
Segundo o professor Helmi Nasr, ligado à Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, há duas letras no nome de Gaddafi que não possuem equivalência no alfabeto latino. Uma delas poderia ser uma espécie de "q" enfático e a outra, algo como "tzhã".
Para o tradutor árabe Ibrahim Errguybi, a grafia do nome do líbio "depende da pronúncia de cada um". Gaddafi é referência a Gadhadhfa, a tribo de origem do ditador.
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