KADAFI RETOMA CIDADE DE AL ZAWIYAH APÓS 5 DIAS DE CERCO

PAULO MELO CORUJA NEWS

Gaddafi retoma cidade de Al Zawiyah após cerco de 5 dias

Do UOL Notícias*
Em São Paulo
As forças leais a Muammar Gaddafi enfim conseguiram retomar a cidade de Al Zawiyah, junto a Trípoli, após mantê-la sitiada durante cinco dias, em um cerco que causou dezenas de mortes, informou nesta terça-feira a emissora "Al Jazira".

A cidade, 92 quilômetros ao sudoeste da capital e onde fica uma das mais importantes refinarias do país, foi castigada com fogo de artilharia e morteiros, além das incursões dos carros de combate, que foram rechaçados durante pelo menos três dias.
A comunicação com o interior da cidade foi perdida na noite do domingo, depois de a telefonia celular e a energia elétrica terem sido cortadas, em uma cidade já sem reservas de munição, armas e alimentos.

As sucessivas tentativas das forças leais a Gaddafi de tomar a praça dos Mártires, onde os rebeldes empreenderam uma desesperada defesa, levaram a uma "carnificina", em palavras de alguns residentes pró-revolucionários ouvidos pela "Al Jazira".


Munições no terminal petrolífero de Ras Lanuf, 200 quilômetros ao leste de Sirte; temor de uma guerra civil no país aumenta  Asmaa Waguih/Reuters

Ao mesmo tempo em que divulgou a perda da única cidade rebelde ao oeste de Trípoli, a emissora catariana assinalou que o regime desmentira supostas negociações com os revolucionários para que Gaddafi e sua família pudessem abandonar o país.

O diário árabe "Sharq al Aswat" assegurou na segunda-feira que Gaddafi tinha demonstrado disposição em deixar o poder e abandonar a Líbia se a direção rebelde garantisse sua segurança, seu dinheiro e a saída de sua família.

Desde Doha, a capital do Catar, o porta-voz do comitê revolucionário da cidade de Misrata (isolada entre Trípoli e Sirte), Hussam al Gherini, pediu bombardeios seletivos para impedir a contraofensiva das brigadas leais a Gaddafi.

As forças que apoiam o líder líbio fizeram até o momento uma incursão blindada na cidade, que foi repelida pelos rebeldes, deixando saldo de cerca de 20 mortos.

Gherini exigiu que a comunidade internacional "deixe de fingir que faz algo quando não está fazendo nada".
*Com informações das agências internacionais