PAULO MELO CORUJA NEWS
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira (8) que Wellington Menezes de Oliveira efetuou pelo menos 60 disparos no interior da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, quando 12 alunos morreram na manhã da última quinta-feira (7).
Segundo agentes da Divisão de Homicídios, o número de tiros foi calculado com base na quantidade de cápsulas recolhidas no chão do colégio.
A Divisão de Homicídios informou ainda que uma das armas usadas pelo atirador pertencia a um homem que morreu em 1994. O filho dele prestou depoimento na delegacia e contou que o revólver foi furtado na época. Os agentes tentam descobrir como o armamento foi parar nas mãos de Wellington.
O outro revólver usado pelo atirador estava com a numeração raspada e ainda não foi possível descobrir a sua origem.
Na ocasião do ataque, Wellington usava um recarregador automático de revólveres, que acelera e facilita o carregamento das armas - um calibre ponto 38 e outro ponto 32.
O uso do "jet speed" ou "speed loader", uma espécie de roleta que armazena os projéteis de revólver e dá velocidade ao recarregamento, demonstra que ele queria ser rápido e pretendia causar o maior número de mortes possiveis.
Ele também tinha um cinto de guarnição, semelhante ao usado por PMs, onde haviam ainda 18 munições intactas.
Problemas mentais
Segundo o titular da Divisão de Homicídios, delegado Felipe Ettore, há indícios relevantes de que Wellington fosse portador de transtornos mentais.
O delegado explicou que busca traçar um perfil psicológico do assassino para tentar descobrir as motivações crime. Para isso, quer convocar “todas as pessoas que forem importantes”.
Ettore confirmou que colheu depoimentos da irmã adotiva e de mais dois primos do atirador,
“Com os relatos que tivemos dos familiares dele e da pessoa que cortava o cabelo dele, [Wellington] era uma pessoa que tinha viés de doença mental, que era muito introvertido e se manifestava com uma certa incoerência”, afirmou o delegado.
A hipótese é que Wellington era esquizofrênico, assim como sua mãe biológica. Porém, como não é possível confirmar o diagnóstico, uma vez que transtornos mentais se confirmam pelo comportamento da pessoa, as investigações contarão com ajuda de médicos criminalistas.
“Como a mãe biológica dele, segundo os familiares, era portadora de esquizofrenia, isso também é um indicativo de que ele teria essa doença, que é hereditária”, explicou Ettore.
Entre os hábitos considerados “esquisitos” do assassino, o delegado citou o fato de Wellington, desde “muito novo”, usar calça comprida e camisa para dentro da calça, além de cortar o cabelo religiosamente a cada 30 dias em Realengo, lugar distante da casa dele. Wellington morava em Sepetiba, na zona oeste.
Ettore descartou que tenha havido motivação religiosa para o crime, embora na carta que Wellington deixou houvesse referências a rituais religiosos. No texto, o atirador falava de como gostaria de ser enterrado e onde, e ainda pediu que a casa em que morava fosse doada a instituições que cuidam de animais.
Ontem, ao anunciar que Wellington tinha deixado uma carta, o subprefeito da zona oeste, Edmar Teixeira, informara que o rapaz teria escrito ser portador do vírus da aids, mas, quando o conteúdo foi revelado, esse dado não se confirmou.
Com informações da Agência Brasil
Wellington efetuou pelo menos 60 disparos, diz polícia
Uma das armas usadas pelo atirador pertencia a homem que morreu em 1994
Foto: Paulo Carvalho/Agência O Globo
Wellington Menezes usou dois revólveres para matar estudantes em escola de Realengo
Segundo agentes da Divisão de Homicídios, o número de tiros foi calculado com base na quantidade de cápsulas recolhidas no chão do colégio.
A Divisão de Homicídios informou ainda que uma das armas usadas pelo atirador pertencia a um homem que morreu em 1994. O filho dele prestou depoimento na delegacia e contou que o revólver foi furtado na época. Os agentes tentam descobrir como o armamento foi parar nas mãos de Wellington.
O outro revólver usado pelo atirador estava com a numeração raspada e ainda não foi possível descobrir a sua origem.
Na ocasião do ataque, Wellington usava um recarregador automático de revólveres, que acelera e facilita o carregamento das armas - um calibre ponto 38 e outro ponto 32.
O uso do "jet speed" ou "speed loader", uma espécie de roleta que armazena os projéteis de revólver e dá velocidade ao recarregamento, demonstra que ele queria ser rápido e pretendia causar o maior número de mortes possiveis.
Ele também tinha um cinto de guarnição, semelhante ao usado por PMs, onde haviam ainda 18 munições intactas.
Problemas mentais
Segundo o titular da Divisão de Homicídios, delegado Felipe Ettore, há indícios relevantes de que Wellington fosse portador de transtornos mentais.
O delegado explicou que busca traçar um perfil psicológico do assassino para tentar descobrir as motivações crime. Para isso, quer convocar “todas as pessoas que forem importantes”.
Ettore confirmou que colheu depoimentos da irmã adotiva e de mais dois primos do atirador,
“Com os relatos que tivemos dos familiares dele e da pessoa que cortava o cabelo dele, [Wellington] era uma pessoa que tinha viés de doença mental, que era muito introvertido e se manifestava com uma certa incoerência”, afirmou o delegado.
A hipótese é que Wellington era esquizofrênico, assim como sua mãe biológica. Porém, como não é possível confirmar o diagnóstico, uma vez que transtornos mentais se confirmam pelo comportamento da pessoa, as investigações contarão com ajuda de médicos criminalistas.
“Como a mãe biológica dele, segundo os familiares, era portadora de esquizofrenia, isso também é um indicativo de que ele teria essa doença, que é hereditária”, explicou Ettore.
Entre os hábitos considerados “esquisitos” do assassino, o delegado citou o fato de Wellington, desde “muito novo”, usar calça comprida e camisa para dentro da calça, além de cortar o cabelo religiosamente a cada 30 dias em Realengo, lugar distante da casa dele. Wellington morava em Sepetiba, na zona oeste.
Ettore descartou que tenha havido motivação religiosa para o crime, embora na carta que Wellington deixou houvesse referências a rituais religiosos. No texto, o atirador falava de como gostaria de ser enterrado e onde, e ainda pediu que a casa em que morava fosse doada a instituições que cuidam de animais.
Ontem, ao anunciar que Wellington tinha deixado uma carta, o subprefeito da zona oeste, Edmar Teixeira, informara que o rapaz teria escrito ser portador do vírus da aids, mas, quando o conteúdo foi revelado, esse dado não se confirmou.
Com informações da Agência Brasil