CAPITÃO SE APROXIMOU DE GIGLIO PARA HOMENAGEAR COLEGAS, DIZEM JORNAIS

PAULO MELO CORUJA NEWS

Capitão se aproximou de Giglio para homenagear colegas, dizem jornais

Segundo imprensa italiana, mensagem no Facebook alertava para a aproximação do navio de ilha onde nasceu um dos tripulantes

iG São Paulo 
Os jornais italianos Corriere della Serra e Il Tirreno afirmaram nesta segunda-feira que o capitão do navio Costa Concordia, que tombou após colidir com uma rocha na costa da Itália na sexta-feira, fez uma manobra arriscada para se aproximar da ilha de Giglio, no intuito de prestar uma homenagem a colegas seus.
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Foto: AFP
O capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino (D), é preso pela polícia italiana in Grosseto em 14/01
Equipes de regate continuaram suas buscas por sobreviventes nesta segunda-feira, apesar de o trabalho ter sido suspenso por três horas porque o mau tempo fez a embarcação se mover. Autoridades disseram que interromperão as buscas durante a noite.
No início da noite, autoridades da guarda costeira italiana elevou o número de desaparecidos do navio Costa Concordia para 29. Marco Brusco, chefe da guarda costeira, disse que 25 passageiros e quatro tripulantes estão desaparecidos há três dias, depois que o navio bateu contra rochas na costa da Toscana e tombou.
Mais cedo, o número de desaparecidos era 16. Brusco não explicou o por que do aumento, mas indicou que 10 alemães estão entre os 29 desaparecidos.
A manobra arriscada e não autorizada feita pelo capitão do navio seria, segundo a imprensa italiana, um tributo a Mario Palombo, uma lenda entre os comandantes da Costa Cruzeiros, e uma homenagem ao único nativo de Giglio a bordo, o chefe dos camareiros Antonello Tievoli.
De acordo com a publicação, na sexta-feira, o capitão Schettino e seus assistentes chamaram Tievoli para uma das pontes. "Antonello, venha ver. Estamos bem em cima de Giglio", eles lhe teriam dito. Tievoli, então, teria alertado aos companheiros que o navio estava "muito perto da costa", mas já era tarde demais.
Nesta segunda-feira, o chefe-executivo da Costa Cruzeiros, Luigi Foschi, afirmou que o capitão da embarcação fez um desvio de curso “não aprovado e não autorizado”. “A empresa apoiará o capitão e dará toda a assistência necessária, mas precisamos reconhecer os fatos e não podemos negar que houve erro humano”, disse.