USINA DE MAUÁ E O NOVO CENÁRIO DO RIO TIBAGY

PAULO MELO CORUJA NEWS
Josue Teixeira/Gazeta do Povo
Josue Teixeira/Gazeta do Povo / Vista da região em que será criado o lago de Mauá. Água deve chegar até o limite das árvores, no lado esquerdo da foto Vista da região em que será criado o lago de Mauá. Água deve chegar até o limite das árvores, no lado esquerdo da foto
Usina

O novo cenário no Rio Tibagi

Obras da Hidrelétrica de Mauá alteram a paisagem e desviam as águas do rio. Enchimento do reservatório trará mais mudanças
 
 Diego Antonelli, especial para a Gazeta do Povo
    O Rio Tibagi nunca mais será o mesmo. Em uma parte de seus 550 quilômetros de extensão, as águas do segundo maior rio do Paraná se deparam com um paredão de concreto de 745 metros de comprimento e 85 metros de altura. Dois túneis são responsáveis pelo desvio para abastecer o restante do curso d’água. A área antes tomada pelo verde das florestas deu lugar a um espaço descampado, cercado de restos de construção e terra revirada. A causa está na construção da Usina Hidrelétrica de Mauá, entre as cidades de Telêmaco Borba e Ortigueira.
    Quase 800 operários trabalham diariamente para finalizar as obras da barragem. Em breve, a paisagem será novamente alterada. Entre os meses de abril e maio está previsto o enchimento do reservatório da hidrelétrica. O que hoje é coberto por uma vegetação rasa, cortada por estradas de chão e pedaços de concreto espalhados pelo solo, dará lugar a um lago que tomará conta de 8,4 mil hectares, o que equivale a aproximadamente 8,4 mil campos de futebol. Desse espaço, 4,8 mil hectares pertenciam às florestas que vão, literalmente, por água abaixo – dos quais 2,8 mil correspondiam à floresta nativa e 2 mil à mata plantada. O restante pertencia a áreas de pastagens e plantações.
    Josue Teixeira/Gazeta do Povo
    Josue Teixeira/Gazeta do Povo / O casal de agricultores Sidnei Oliveira Schneider e Nadilena: atividades econômicas inviabilizadas pelo enchimento do reservatório  
    O casal de agricultores Sidnei Oliveira Schneider e Nadilena: atividades econômicas inviabilizadas pelo enchimento do reservatório