PAULO MELO CORUJA NEWS
Marceneiro de 37 anos foi ouvido nesta quarta-feira (29) em delegacia.
O marceneiro Luiz Carlos Silva, de 37 anos, que teve o registro de
aproximadamente 100 mil pontos em sua Carteira Nacional de Habilitação
(CNH), disse na tarde desta quarta-feira (29) acreditar que é vítima de
uma quadrilha. “Devem estar me usando de laranja”, afirmou o homem, que
mora em Peruíbe, no litoral paulista, após deixar a Delegacia de Crimes
de Trânsito, no Centro de São Paulo, onde prestou depoimento.
Entre as mais de 30 mil multas aplicadas entre 2007 e 2010 e atribuídas a ele estão autuações de todos os tipos e com diferentes veículos, como ônibus, caminhões e carros. “Eu só tenho carta de moto, não sei nem dirigir carro”, afirmou o marceneiro. Segundo o delegado José Sampaio Lopes Filho, que investiga o caso, apenas uma das milhares de autuações foi cometida em uma moto.
O marceneiro negou fazer parte de um esquema de fraude. “Se eu ganhasse R$ 1 por ponto transferido, já teria mais de R$ 100 mil”, justificou. Apesar das alegações do marceneiro, a polícia não descarta sua participação no esquema. “É uma quadrilha especializada na transferência de pontuação. Motoristas que tiveram pontos transferidos são considerados participantes desta quadrilha”, afirmou o delegado.
A polícia quer saber quem são os coordenadores do grupo. “Pode haver até funcionários do Detran”, disse Lopes Filho. As investigações tentarão identificar quem excluiu os pontos da carteira do marceneiro. Também deverá ser pedido quebra do sigilo bancário e telefônico dele. A polícia já identificou alguns suspeitos de pertencerem à quadrilha em uma autoescola na Zona Oeste de São Paulo.
Investigação
Segundo o delegado, a polícia investigava um homem de Pindamonhangaba com 85 mil pontos acumulados. Em um dos veículos investigados, foram verificadas transferências das multas para a carteira do motociclista.
“No arquivo dele, é como se ele nunca tivesse sido pontuado. Mas há 1,5 mil páginas de arquivos excluídos, o que dá aproximadamente 100 mil pontos. Ou seja, uma forma de ludibriar a delegacia”, disse o delegado.
Delegado ao lado de pilha com todas as multas atribuídas ao marceneiro (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Homem com 100 mil pontos na CNH diz estar sendo usado como 'laranja'
Marceneiro de 37 anos foi ouvido nesta quarta-feira (29) em delegacia.
Polícia desconfia de quadrilha especializada em transferência de pontos.
Entre as mais de 30 mil multas aplicadas entre 2007 e 2010 e atribuídas a ele estão autuações de todos os tipos e com diferentes veículos, como ônibus, caminhões e carros. “Eu só tenho carta de moto, não sei nem dirigir carro”, afirmou o marceneiro. Segundo o delegado José Sampaio Lopes Filho, que investiga o caso, apenas uma das milhares de autuações foi cometida em uma moto.
O marceneiro negou fazer parte de um esquema de fraude. “Se eu ganhasse R$ 1 por ponto transferido, já teria mais de R$ 100 mil”, justificou. Apesar das alegações do marceneiro, a polícia não descarta sua participação no esquema. “É uma quadrilha especializada na transferência de pontuação. Motoristas que tiveram pontos transferidos são considerados participantes desta quadrilha”, afirmou o delegado.
A polícia quer saber quem são os coordenadores do grupo. “Pode haver até funcionários do Detran”, disse Lopes Filho. As investigações tentarão identificar quem excluiu os pontos da carteira do marceneiro. Também deverá ser pedido quebra do sigilo bancário e telefônico dele. A polícia já identificou alguns suspeitos de pertencerem à quadrilha em uma autoescola na Zona Oeste de São Paulo.
Investigação
Segundo o delegado, a polícia investigava um homem de Pindamonhangaba com 85 mil pontos acumulados. Em um dos veículos investigados, foram verificadas transferências das multas para a carteira do motociclista.
“No arquivo dele, é como se ele nunca tivesse sido pontuado. Mas há 1,5 mil páginas de arquivos excluídos, o que dá aproximadamente 100 mil pontos. Ou seja, uma forma de ludibriar a delegacia”, disse o delegado.
Delegado ao lado de pilha com todas as multas atribuídas ao marceneiro (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
