PONTA GROSSA: FUNCIONÁRIO TENTA APLICAR GOLPE DE ASSALTO NA POLICIA

PAULO MELO CORUJA NEWS

FALSO ASSALTO

Polícia encontra 30 mil dólares em bueiro de Curitiba

Funcionário de uma casa de câmbio simulou ter sido assaltado e escondeu odinheiro
 FERNANDA FRAGA, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO
A polícia encontrou 30 mil dólares, 15 mil euros e 2 mil libras esterlinas em um bueiro próximo aoTeatro Paiol, em Curitiba, na tarde da última sexta-feira (17). Segundo a polícia, o dinheiro pertence a uma casa de câmbio localizada em Ponta Grossa e foi escondido por um funcionário do estabelecimento, que simulou ter sido assaltado.
De acordo com Rodrigo Brown de Oliveira, delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, um rapaz de 26 anos que trabalhava no local há cerca de um mês foi designado a vir para a capital buscar o dinheiro. Ele chegou à cidade por volta de meio-dia, fez o saque solicitado e, segundo informou para os policiais, teria parado para fazer um lanche no bairro Batel, deixando os valores no carro. Em seguida, chamou a polícia, alegando que havia sido furtado. “A Polícia Militar não encontrou nenhum vestígio de arrombamento no veículo, o que causou muito estranhamento”, afirma Oliveira.
O rapaz foi levado à Delegacia de Furtos e Roubos para falar sobre o caso. A polícia chegou a designar uma equipe para repetir o trajeto feito por ele. “Foi aí que vimos que ele estava mentindo, não tinha ido aos lugares que afirmava, não tinha feito lanche nenhum”, conta o delegado.
O rapaz acabou confessando o crime. Com a ajuda de um colega, eles esconderam o dinheiro e planejavam dividi-lo quando voltassem a Ponta Grossa. Foram duas horas de busca até que os investigadores descobrissem que a sacola contendo os valores estava dentro de um bueiro. “Recuperamos quase tudo. Faltaram 5 mil euros, que acreditamos que esteja com o comparsa que o ajudou”, afirma Oliveira.
O rapaz foi preso em flagrante, mas foi solto no último domingo (19) após pagamento de fiança. Ele responderá em liberdade por apropriação indébita qualificada e falsa comunicação de crime. Se condenado, a pena pode chegar a seis anos de prisão, além de multa.