PAULO MELO CORUJA NEWS
Começou
há pouco a votação da convenção do PMDB. Até as 10h30, pouco mais de
20% dos 620 convencionais votaram na sede do diretrório estadual do
partido. Duas chapas disputam a direção para os próximos dois anos.
O senador Roberto Requião, candidato à presidente pela chapa “Sempre
PMDB” já votou. O deputado Osmar Serraglio, candidato à presidente pela
chapa “PMDB para Todos” ainda não votou.
As principais lideranças do partido – prefeitos, deputados e vereadores – já votaram. A votação se encerra às 15h. Em seguida, haverá a apuração do pleito.
“Se quiser ser candidato ao governo, Requião terá que ir à luta”, diz Pessuti
O ex-governador Orlando Pessuti, ainda no calor da vitória no diretório estadual do PMDB do Paraná (leia aqui),
disse que vai aplicar os mesmos ritos do direito canônico que o senador
Roberto Requião sempre quis aplicar aos peemedebistas.
“Primeiro o arrependimento, depois a confissão, seguida da penitência e, somente após, o perdão”, ironizou Pessuti.
De acordo com o ex-governador, Requião sempre disse que quem quisesse ser candidato a governador tinha que ir à luta, visitar os companheiros no interior, conversar com todos e se viabilizar.
“Comece, portanto, a caminhada para se viabilizar, senão não serás candidato [ao governo do Paraná]”, provocou.
“Quem com ferro fere com ferro um dia será ferido. Em 2010, Requião foi com Osmar Dias (PDT) para derrotar o Pessuti. Hoje, em 2012, o Pessuti foi com o Osmar Serraglio para derrotar o Requião”, ironizou o ex-governador, sempre em terceira pessoa.
De acordo com o ex-governador, Requião sempre disse que quem quisesse ser candidato a governador tinha que ir à luta, visitar os companheiros no interior, conversar com todos e se viabilizar.
“Comece, portanto, a caminhada para se viabilizar, senão não serás candidato [ao governo do Paraná]”, provocou.
“Quem com ferro fere com ferro um dia será ferido. Em 2010, Requião foi com Osmar Dias (PDT) para derrotar o Pessuti. Hoje, em 2012, o Pessuti foi com o Osmar Serraglio para derrotar o Requião”, ironizou o ex-governador, sempre em terceira pessoa.
Requião perdeu. Serraglio ganhou. E agora, é o fim do mundo?
É
o fim do mundo? Não. A vitória do deputado federal Osmar Serraglio, que
foi eleito presidente do PMDB do Paraná, não representa a morte
política do senador Roberto Requião como muitos imaginam. Embora lado a
lado cantassem esmagadora vitória sobre o adversário, o resultado das
urnas mostrou certo equilíbrio de força no partido. De um universo de
501 convencionais, o vencedor obteve 289, ou 56,7% dos votos. O perdedor
amealhou os 43,3% restantes.
A executiva ficou basicamente sob a guarda dos deputados. No entanto, a composição do diretório terá o placar de 38 a 28.
A convenção do PMDB do Paraná teve a forte influência de um agente externo, o governador Beto Richa PSDB. Numa análise apressada, o tucano foi o grande vencedor da disputa peemedebista. A priori, Requião está fora da sucessão daqui a dois anos. Mas alto lá!
Os deputados vencedores já articulam uma reaproximação com Requião. Devem dar um tempo para que a “fera ferida” se recupere do tombo e, nos próximos dias, começam um movimento para resgatá-lo novamente. Os parlamentares peemedebistas sabem que precisam do senador para se valorizar ao máximo junto a Richa e à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT). Afinal de contas eles precisam de coligação favorável para se reeleger. Eles vão prometer a Requião candidatura ao governo do Paraná e este se animará outra vez. É o jogo, que de agora em diante vamos assistir até 2014.
O próprio presidente eleito, Osmar Serraglio, saiu com o discurso da pacificação interna. Ele garante que não haverá restrições a Requião. Serraglio defende a histórica candidatura do senador, assim como a de outros companheiros do partido, citando o ex-governador Orlando Pessuti.
Se os deputados estaduais preferem uma aliança com Richa, o mesmo não se pode dizer de outros atores que ajudaram derrotar Requião. É o caso do próprio Pessuti e do chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência da República, Rocha Loures, e de Serraglio. Eles têm boas relações com os petistas. Portanto, Gleisi e o marido dela, Paulo Bernardo, silenciosamente, também comemoram o resultado da convenção do PMDB. A presença do “velho guerreiro” no páreo poderia deixar tanto Richa quanto Gleisi fora de um eventual segundo turno, a exemplo do que ocorreu em Curitiba com o prefeito Luciano Ducci (PSB).
Por outro lado, Serraglio, que já tinha trânsito fácil no governo federal, agora tende a aumentá-lo, para o desespero de seu arquiadversário regional Zeca Dirceu (PT). O novo presidente do PMDB, depois da vitória de hoje, inclusive, já é lembrado para a vice de Gleisi, numa chapa com Osmar Dias (PDT) para o Senado. É claro que tudo isso não passa de especulações, mas é novo um cenário que começou a ser desenhado há poucas horas.
A convenção do PMDB do Paraná teve a forte influência de um agente externo, o governador Beto Richa PSDB. Numa análise apressada, o tucano foi o grande vencedor da disputa peemedebista. A priori, Requião está fora da sucessão daqui a dois anos. Mas alto lá!
Os deputados vencedores já articulam uma reaproximação com Requião. Devem dar um tempo para que a “fera ferida” se recupere do tombo e, nos próximos dias, começam um movimento para resgatá-lo novamente. Os parlamentares peemedebistas sabem que precisam do senador para se valorizar ao máximo junto a Richa e à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT). Afinal de contas eles precisam de coligação favorável para se reeleger. Eles vão prometer a Requião candidatura ao governo do Paraná e este se animará outra vez. É o jogo, que de agora em diante vamos assistir até 2014.
O próprio presidente eleito, Osmar Serraglio, saiu com o discurso da pacificação interna. Ele garante que não haverá restrições a Requião. Serraglio defende a histórica candidatura do senador, assim como a de outros companheiros do partido, citando o ex-governador Orlando Pessuti.
Se os deputados estaduais preferem uma aliança com Richa, o mesmo não se pode dizer de outros atores que ajudaram derrotar Requião. É o caso do próprio Pessuti e do chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência da República, Rocha Loures, e de Serraglio. Eles têm boas relações com os petistas. Portanto, Gleisi e o marido dela, Paulo Bernardo, silenciosamente, também comemoram o resultado da convenção do PMDB. A presença do “velho guerreiro” no páreo poderia deixar tanto Richa quanto Gleisi fora de um eventual segundo turno, a exemplo do que ocorreu em Curitiba com o prefeito Luciano Ducci (PSB).
Por outro lado, Serraglio, que já tinha trânsito fácil no governo federal, agora tende a aumentá-lo, para o desespero de seu arquiadversário regional Zeca Dirceu (PT). O novo presidente do PMDB, depois da vitória de hoje, inclusive, já é lembrado para a vice de Gleisi, numa chapa com Osmar Dias (PDT) para o Senado. É claro que tudo isso não passa de especulações, mas é novo um cenário que começou a ser desenhado há poucas horas.
Beto Richa vence disputa no PMDB
O
governador Beto Richa (PSDB) foi o grande vencedor da disputa na
convenção estadual do PMDB do Paraná. O candidato dele, deputado federal
Osmar Serraglio, derrotou o senador Roberto Requião.
Ainda não tem os números oficiais, mas os requianistas já informaram ao blog da vitória de “Beto Richa”.
Serraglio vence a convenção com o apoio da bancada estadual do partido – formada majoritariamente por deputados fazem parte da base de sustentação do governo Richa – e do ex-governador Orlando Pessuti.
Com o resultado, está praticamente enterrada a possibilidade de Requião disputar o governo do Paraná. Se o PMDB vai coligar-se em 2014 com Richa? Aí é outra história…
Em tempo: Serraglio obteve 289 votos e Requião 220. Diferença de 69 votos.
Serraglio vence a convenção com o apoio da bancada estadual do partido – formada majoritariamente por deputados fazem parte da base de sustentação do governo Richa – e do ex-governador Orlando Pessuti.
Com o resultado, está praticamente enterrada a possibilidade de Requião disputar o governo do Paraná. Se o PMDB vai coligar-se em 2014 com Richa? Aí é outra história…
Em tempo: Serraglio obteve 289 votos e Requião 220. Diferença de 69 votos.
Começa a apuração dos votos na convenção do PMDB
Acabou a votação na convenção do PMDB do Paraná. Mais de 510 convencionais compareceram às urnas.
O presidente Waldyr Pugliesi já indicou a comissão de apuração. Ela é
formada pelos deputados Luiz Claudio Romanelli e Ademir Bier – da chapa
PMDB para Todos – o deputado federal João Arruda e o advogado Luiz
Fernando Delazari – pela chapa “Sempre PMDB”.
Os advogados das duas chapas, fiscais e os dois presidenciáveis Roberto Requião e Osmar Serraglio acompanham a votação.
O primeiro voto é da chapa Sempre PMDB. Mais de 200 peemedebistas acompanham a apuração.
Os advogados das duas chapas, fiscais e os dois presidenciáveis Roberto Requião e Osmar Serraglio acompanham a votação.
O primeiro voto é da chapa Sempre PMDB. Mais de 200 peemedebistas acompanham a apuração.
“O Beto Richa já votou?”, provoca Requião
O
deputado federal Osmar Serraglio e o ex-governador Orlando Pessuti
acabaram de votar na convenção estadual do PMDB. Conforme os mesários,
mais de 70% dos convencionais já votaram.
Os titulares têm até as 13h de prazo para votar entre as duas chapas
na disputa. Logo após se horário, abre a votação aos suplentes. A
apuração começa às 15 horas.
“O Beto Richa já votou?”, provocou Requião. “Voto na urna, confiança na vitória, na busca da unidade do partido e resgatando a grandeza do PMDB do Paraná”, devolveu Serraglio.
“O Beto Richa já votou?”, provocou Requião. “Voto na urna, confiança na vitória, na busca da unidade do partido e resgatando a grandeza do PMDB do Paraná”, devolveu Serraglio.
As principais lideranças do partido – prefeitos, deputados e vereadores – já votaram. A votação se encerra às 15h. Em seguida, haverá a apuração do pleito.