PAULO MELO CORUJA NEWS
Bispo Dirceu Vegine falou pela primeira vez sobre o afastamento nesta terça.
O bispo de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, Dirceu Vegini, falou nesta terça-feira (5) sobre o afastamento dos três padres que atuavam em paróquias da cidade. Ele afirmou que a decisão não tem relação com as investigações de denúncias de violação de e-mails envolvendo a Cúria Diocesana.
O decreto que determina a suspensão das funções sacerdotais foi entregue aos religiosos na sexta-feira (1º) e dava prazo para que eles deixassem as paróquias até o fim da tarde de sábado (2). Foram afastados os padres Sérgio Bertoti, Agostinho Gatelli – de Foz do Iguaçu – e Paulo de Souza, que havia sido transferido para Guarapuava.
O arcebispo de Cascavel, também no oeste, superior ao bispo Dirceu, Dom Mauro Aparecido dos Santos, confirmou as informações e falou do prazo do afastamento. “Esse é um processo que poderá levar um mês, anos, depende de quem vai julgá-lo e de quem vai conduzir o processo”, disse.
Por outro lado, os fiéis da paróquia onde um dos padres atuava, se mobilizaram em busca de uma resposta. Eles organizaram um abaixo-assinado em que pedem uma explicação ao bispo sobre o afastamento. “Desde 1982 eu trabalho aqui, e não gostaria que acontecesse o que aconteceu, sem a gente saber o motivo”, disse a ministra de eucaristia Graciana da Costa.
Violação de e-mails
As denúncias feitas pelo bispo Dom Dirceu Vegine e por fiéis apontam que sete padres tiveram acesso a mensagens eletrônicas confidenciais. O crime virtual envolvendo a Cúria Diocesana vem sendo investigado pela Polícia Civil e internamente pela própria igreja. A distribuição dos mais de 200 e-mails ocorreu em agosto de 2012, mas o caso só foi divulgado no dia 16 de julho de 2013 após o bispo denunciar a invasão de privacidade à polícia. O conteúdo das mensagens está sob segredo de justiça.
Na época em que o caso foi divulgado, o advogado Álvaro Albuquerque, que representa os sacerdotes, alegou que um funcionário roubou a senha do bispo e acessou mensagens eletrônicas confidenciais trocadas entre Dom Dirceu e outros religiosos. As mensagens continham críticas a alguns padres, cardeais e até ao Papa Francisco.
Afastamento de padres não foi por violação de e-mails, afirma bispo
Bispo Dirceu Vegine falou pela primeira vez sobre o afastamento nesta terça.
Três padres foram afastados das paróquias de Foz do Iguaçu no sábado (2).
O decreto que determina a suspensão das funções sacerdotais foi entregue aos religiosos na sexta-feira (1º) e dava prazo para que eles deixassem as paróquias até o fim da tarde de sábado (2). Foram afastados os padres Sérgio Bertoti, Agostinho Gatelli – de Foz do Iguaçu – e Paulo de Souza, que havia sido transferido para Guarapuava.
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Segundo o bispo, as investigações começaram há dois meses e resultaram no decreto administrativo disciplinar que afastou os padres. “Eu não posso dizer os motivos. Os investigados sabem os motivos. É um direito do investigado não falar o motivo para se proteger. É um direito deles. Eles podem falar. Eu não posso. Quando, na igreja, há sacerdotes investigados, ninguém sabe quem são, porque o sigilo é mantido. Eu busquei resolver tudo internamente, nada divulguei à imprensa”, relatou.O arcebispo de Cascavel, também no oeste, superior ao bispo Dirceu, Dom Mauro Aparecido dos Santos, confirmou as informações e falou do prazo do afastamento. “Esse é um processo que poderá levar um mês, anos, depende de quem vai julgá-lo e de quem vai conduzir o processo”, disse.
Por outro lado, os fiéis da paróquia onde um dos padres atuava, se mobilizaram em busca de uma resposta. Eles organizaram um abaixo-assinado em que pedem uma explicação ao bispo sobre o afastamento. “Desde 1982 eu trabalho aqui, e não gostaria que acontecesse o que aconteceu, sem a gente saber o motivo”, disse a ministra de eucaristia Graciana da Costa.
Violação de e-mails
As denúncias feitas pelo bispo Dom Dirceu Vegine e por fiéis apontam que sete padres tiveram acesso a mensagens eletrônicas confidenciais. O crime virtual envolvendo a Cúria Diocesana vem sendo investigado pela Polícia Civil e internamente pela própria igreja. A distribuição dos mais de 200 e-mails ocorreu em agosto de 2012, mas o caso só foi divulgado no dia 16 de julho de 2013 após o bispo denunciar a invasão de privacidade à polícia. O conteúdo das mensagens está sob segredo de justiça.
Na época em que o caso foi divulgado, o advogado Álvaro Albuquerque, que representa os sacerdotes, alegou que um funcionário roubou a senha do bispo e acessou mensagens eletrônicas confidenciais trocadas entre Dom Dirceu e outros religiosos. As mensagens continham críticas a alguns padres, cardeais e até ao Papa Francisco.