PAULO MELO CORUJA NEWS
Promotor em Guarapuava diz que mudança tira autonomia do Grupo.
O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava, na região central do Paraná, está com três, dos cinco policiais militares que trabalhavam nas investigações. A equipe está reduzida desde o dia 10 de outubro, após o impasse que determinou a retirada dos policiais.
A medida faz parte das mudanças determinadas pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná para o Gaeco, coordenado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). O secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, determinou, no dia 5 de setembro de 2013, a implantação da primeira etapa do rodízio entre os policiais militares que fazem parte do Gaeco. A secretaria defente a troca de policais porque ao atuar no Grupo, eles ganhariam experiências que poderiam utilizar para contribuir para operações ao retornarem para a Polícia. Vasques explicou que o rodízio será feito de uma maneira gradativa para que possa haver planejamento de ações e não prejudicar nenhuma operação em andamento.
Os representantes do Gaeco em Guarapuava, na região central do estado, entretanto, são contra as mudanças e alegam que a interferência da Secretaria na escolha dos agentes poderia tirar a autonomia do Grupo, prejudicando as investigações.
O promotor de Justiça Vitor Hugo Nicastro alega que o posicionamento do governo vai contra o decreto que criou o Grupo e que dá ao órgão o poder de decidir sobre a troca de policiais. "O secretário de segurança está descumprindo, de forma deliberada, o decreto ao retirar compulsoriamente e de forma unilateral esses policiais. Por isso que nós não aceitamos a troca”, justifica o promotor. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não quis comentar a posição do Gaeco em Guarapuava. Em outras oportunidades, o secretário acredita que o rodízio de policiais não interferiria nas investigações. Para ele, os novos servidores cedidos também terão qualificação para conduzir os trabalhos. "A prevalecer este raciocínio, nenhum investigador da Polícia Civil, por exemplo, poderia ser remanejado de uma delegacia para outra".
A Polícia Civil também estabeleceu novas regras para ceder policiais ao Gaeco. Agora a preferência é para policiais graduados em administração de empresas, direito, economia e contabilidade. Além disso, o comando da Polícia Civil anunciou que nos próximos dias deve realizar a substituição de policiais em Guarapuava e em mais três cidades do Paraná.
Para Nicastro, as mudanças comprometem o funcionamento do órgão. “As grandes operações que foram feitas na Assembleia Legislativa do Paraná, em Londrina, com a prisão de prefeitos na cidade, em Guarapuava, com a prisão do presidente da Câmara de Vereadores, que continua preso em virtude da Operação Fantasma, por exemplo. Essas operações mostram que o modelo que atualmente se encontra o Gaeco, de cooperação, funciona. Por que mudar? É triste ver que o governo do estado do Paraná está decretando o fim do Gaeco”, alega.
Representantes do Ministério Público criticam rodízio de policiais no Gaeco
Promotor em Guarapuava diz que mudança tira autonomia do Grupo.
'Triste ver que o Governo está decretando o fim do Gaeco', afirma promotor.
A medida faz parte das mudanças determinadas pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná para o Gaeco, coordenado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). O secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, determinou, no dia 5 de setembro de 2013, a implantação da primeira etapa do rodízio entre os policiais militares que fazem parte do Gaeco. A secretaria defente a troca de policais porque ao atuar no Grupo, eles ganhariam experiências que poderiam utilizar para contribuir para operações ao retornarem para a Polícia. Vasques explicou que o rodízio será feito de uma maneira gradativa para que possa haver planejamento de ações e não prejudicar nenhuma operação em andamento.
Os representantes do Gaeco em Guarapuava, na região central do estado, entretanto, são contra as mudanças e alegam que a interferência da Secretaria na escolha dos agentes poderia tirar a autonomia do Grupo, prejudicando as investigações.
O promotor de Justiça Vitor Hugo Nicastro alega que o posicionamento do governo vai contra o decreto que criou o Grupo e que dá ao órgão o poder de decidir sobre a troca de policiais. "O secretário de segurança está descumprindo, de forma deliberada, o decreto ao retirar compulsoriamente e de forma unilateral esses policiais. Por isso que nós não aceitamos a troca”, justifica o promotor. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não quis comentar a posição do Gaeco em Guarapuava. Em outras oportunidades, o secretário acredita que o rodízio de policiais não interferiria nas investigações. Para ele, os novos servidores cedidos também terão qualificação para conduzir os trabalhos. "A prevalecer este raciocínio, nenhum investigador da Polícia Civil, por exemplo, poderia ser remanejado de uma delegacia para outra".
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A Secretaria de Segurança já comunicou, através de um ofício, a substituição de dois policiais militares que trabalhavam no Gaeco em Guarapuava. Além disso, o governo divulgou em Diário Oficial a substituição dos policiais que ainda permanecem no Grupo. De acordo com a decisão, além dos policiais militares, três policiais continuam no Gaeco no município.A Polícia Civil também estabeleceu novas regras para ceder policiais ao Gaeco. Agora a preferência é para policiais graduados em administração de empresas, direito, economia e contabilidade. Além disso, o comando da Polícia Civil anunciou que nos próximos dias deve realizar a substituição de policiais em Guarapuava e em mais três cidades do Paraná.
Para Nicastro, as mudanças comprometem o funcionamento do órgão. “As grandes operações que foram feitas na Assembleia Legislativa do Paraná, em Londrina, com a prisão de prefeitos na cidade, em Guarapuava, com a prisão do presidente da Câmara de Vereadores, que continua preso em virtude da Operação Fantasma, por exemplo. Essas operações mostram que o modelo que atualmente se encontra o Gaeco, de cooperação, funciona. Por que mudar? É triste ver que o governo do estado do Paraná está decretando o fim do Gaeco”, alega.