PARA ONDE FOI O DINHEIRO DO FUNDO DE TELECOMUNICAÇÕES?

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

Governo embolsou e não aplica R$ 9 bi do Fust

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) terá de encarar, ainda que nos tribunais, uma questão que os antecessores varreram para debaixo do tapete: a aplicação dos recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), montanha de dinheiro que os assinantes de telefone fixo e celular e prestadores de serviço são obrigados a pagar. A cobrança é embutida na conta. O governo já surrupiou R$ 9 bilhões.

Nem aí

O governo federal gastou só R$ 10 mil dos R$ 9 bilhões que deveriam ser usados em telefone para locais remotos e internet para baixa renda.

Desvio grave

Os recursos do Fust têm sido desviados pelo governo federal para a financiar contas públicas, como amortizar juros da dívida pública.

Enquadramento

O ministro da Fazenda, que desvia o dinheiro do Fust, e a direção da Anatel estão sujeitos a processos por crime de responsabilidade.

Recorde

A Suframa revela que o polo industrial de Manaus faturou US$ 32,2 bilhões, de janeiro a novembro de 2010, gerando 116  mil empregos.

Infraero esconde desordem para fingir eficácia

Orientadas pela Infraero, empresas aéreas acomodam passageiros em salas de embarque sem estrutura nem conforto, para evitar multidões no saguão dos aeroportos. Tudo para esconder o problema da maioria da opinião pública: simultânea e malandramente, a Infraero proíbe o acesso de repórteres às salas de embarque. É para impedir que gravem justos desaforos contra governo, Anac, empresas, Infraero etc.

Pior que está, fica

Ajuda no caos da TAM a não concordância de tripulações em modificar escalas de vôos. Com horas de vôos estouradas, faltam pilotos.

Pra não ficar pior

A Agencia Nacional de Aviação Civil estendeu a fiscalização nos principais aeroportos prevendo mais atrasos e cancelamentos.

Só agora?

Sob pressão da opinião pública, a Anac já admite não autorizar novas linhas e horários para a TAM, o que já deveria ter feito há mais tempo.

Elas só pensam naquilo

A WebJet presta péssimo serviço, atrasando seus vôos, mas sua prioridade é faturar: decidiu cobrar até pela água servida a bordo. Se moda pegar, logo teremos no Brasil o pagamento para usar o toalete.

Lula, o retorno

Lula disse que não é doido para voltar ao poder, mas só pensa nisso. Até a assessoria mais íntima de Dilma, herdada dele, só fala no seu retorno em 2014. Sem citar a opção de apoiar a reeleição dela.

Esses gregos...

A Grécia tem um ano para resolver a lentidão do seu sistema judiciário. A decisão é da Corte Europeia de Direitos Humanos. A morosidade da Justiça, lá, é um problema crônico. Esses gregos não tomam jeito...

Novo inimigo

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) mandou um recado às emissoras: vai valorizar as rádios comunitárias. É uma declaração de guerra a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão.

Justiça especial

A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial descrê da gratuidade da OAB, sindicados e Defensorias: deu R$ 155 mil a uma associação de “advogados afrodescendentes”, para defender pardos e negros.

Lição de Nicolau

Segundo “O príncipe”, de Maquiavel, há três modos de Dilma Rousseff conquistar para ela os espaços de Lula: “com armas alheias, ou com as próprias, pela boa sorte ou pelo valor”.

Sem apito

A Funai poderá ficar de tanga, se a Câmara aprovar após o recesso o projeto que submete à aprovação do Congresso novas demarcações de terras indígenas. Poderá ser o fim da farra das ONGs estrangeiras, abençoadas pela Funai em vastas terras para “proteção” dos índios.

Fim das festas

Impressionante o fascínio do poder, perceptível nas transmissões de cargo de ministros. Uma coisa é certa em Brasília: nesta terça começa efetivamente  o trabalho. Festa, só daqui a quatro anos.

Larga o osso, rapá

Instalado no Forte dos Andradas, na praia do Guarujá, por conta do Exército, Lula continua custando muito caro ao contribuinte brasileiro.
 

Poder sem pudor

Nada a declarar

Foto
Gonçalo dos Santos foi eleito deputado estadual no Amazonas, nos anos 50, mas entrou mudo e saiu calado do mandato, sem fazer discursos na Assembléia. Não se reelegeu e os colegas resolveram insistir para que ele finalmente fizesse um discurso, o de despedidas. Ele não queria, os deputados insistiram, empurraram-no, até que ele subiu à tribuna: - Senhor presidente, não agüento mais. Por favor, aquiete esses meninos! Desceu da tribuna e foi embora, para nunca mais voltar.