TARSO GENRO ISOLADO NO GOVERNO DILMA?

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

Tarso Genro sofre isolamento no governo Dilma

O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, presidente da comissão que distribui bolsas-ditadura, foi o único nome que o ex-ministro Tarso Genro (PT) conseguiu emplacar no Ministério da Justiça, que ele chefiou por quase três anos, de março de 2007 a fevereiro de 2010. Apesar de o atual ministro José Eduardo Cardozo integrar a mesma facção no PT, é visível o desgaste do governador gaúcho junto a Dilma.

Inesquecível

Tarso Genro queria disputar a presidência e hostilizou Dilma, acusando-a de não ter “história” no PT. Desfeita não se esquece.

A vida é bela

Com o tucano Marconi Perilo assumindo de novo o governo de Goiás, o suplente Cyro Miranda herda, sem voto, o céu, ops, vaga no Senado.

Exílio voluntário

Ciro Gomes anunciou em Fortaleza a disposição de morar em Londres por dois anos. Diz que pretende “estudar”. E viver de “fog”, certamente.

Apressado come cru

O senador Blairo Maggi não se satisfaz apenas em manter controle no DNIT. Quer até com diretoria na Petrobras. Pode perder até o DNIT.

Nomenclatura excluída da direção dos Correios

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) começou bem: na nova diretoria dos Correios, pela primeira vez em pelo menos duas décadas deixou de fora a chamada “nomenclatura”, elite dos burocratas de carreira, na estatal, que sempre se impôs fazendo alianças com procuradores para aterrorizar governos, ministros e diretores indicados politicamente. E pior: sem eliminar os focos de corrupção na empresa.

Sem novidade

Os maiores canais de TV da Alemanha fizeram um breve registro da posse de Dilma. Eles já têm uma superpoderosa: Angela Merkel.

Conectado

O governador de Rondônia, Confúcio Moura, anunciou os secretários em seu blog, como o faz em todas as decisões governamentais.

Primeiras olheiras

As primeiras imagens de Dilma no cargo já não exibem suas profundas olheiras. Não deve ser fácil dormir com o coro do petitório por cargos.

Rumo a seguir

O governador do Ceará, Cid Gomes, abriu espaço para o PRB em seu secretariado. Ele e o irmão Ciro dificilmente ficam no PSB até 2014. Trombaram com o governador Eduardo Campos e se deram muito mal.

Michel Lulia

O vice Michel Temer poderia ser conhecido como Michel Lulia. Não seria nenhuma homenagem ao ex-presidente Lula. Na verdade, o nome completo do vice-presidente é Michel Miguel Elias Temer Lulia.

Canhotinha de ouro, 70

Gerson Nunes, o magistral canhotinha de ouro que encantou o futebol e só deu alegrias ao torcedor, faz 70 anos dia 11. Merece homenagens, como Pelé mereceu da CBF. Em 1970, Gerson consagrou Pelé e Jairzinho que marcaram gols graças a seus primorosos lançamentos.

Desvio milionário

Governadora Rosalba Ciarlini quer saber o destino de R$ 91 milhões que foi desviado do orçamento do Rio Grande do Norte. Não há grana nem mesmo para pagar o repasse do ICMS dos municípios.

A luta continua

A equipe jurídica que assessora a embaixada da Itália no caso Battisti ainda não jogou a toalha. Os advogados afirmam que têm uma penca de recursos para explorar em favor de seu cliente, governo italiano.

Garota propaganda

A mulher do vice Marcela Temer foi usada em anúncio da faculdade de direito Fadisp, onde estudou em São Paulo. A Fadisp saúda a ex-aluna e deseja boa sorte na sua nova função de vice-primeira dama do Brasil.

Rolando cabeças

Dilma comunicou ao PMDB e ao PT que nem o diretor geral do Dnocs, Elias Fernandes, nem o presidente do BNB, Roberto Smith, continuarão nos cargos. Os substitutos serão conhecidos em fevereiro.

Saúde paulista

Sírio e Libanês, que nada. O hospital da hora é o do Câncer de Barretos, que recebeu mais R$ 50 milhões a fundo perdido do governo paulista, R$150 milhões em 2010. Para os outros, R$ 5 milhões.

Um poeta

Carlos Lupi (Trabalho) recebeu a orientação de fechar a boca. Dilma notou que, calado, ele é um poeta – como diria o deputado Romário.
 

Poder sem pudor

As fichas da polícia do PT

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Em 1995, Esperidião Amin era o novo presidente do PPB quando contou ao então presidente do PT, José Dirceu, a história de Joca da Penha, prefeito catarinense nos anos 60. Ele tinha problemas nas contas da prefeitura quando alguém foi à sua casa dizer que um incêndio consumia a prefeitura. - Deixa queimar – respondeu Joca, aliviado – Ano novo, vida nova... Depois de contar a história, Amin pediu: - Faça um favor, Zé: agora que presido o PPB, como ex-chefe da “PTpol” mande queimar as fichas falando mal de mim. Afinal, cargo novo, vida nova. José Dirceu apenas sorriu.