PAULO MELO CORUJA NEWS
JOSIAS DE SOUZA
JOSIAS DE SOUZA
Antes vermelho, abril do MST tornou-se ‘cor-de-rosa’
Antônio Cruz/ABr
O MST já está numa idade em que a cosmética já não resolve. Perdeu o colorido.
O MST já está numa idade em que a cosmética já não resolve. Perdeu o colorido. No segundo reinado de FHC, o abril do MST era vermelhíssimo, esfogueado.
Sob Lula, o abril do MST ruborizou-se no começo e empalideceu no final.
Agora, no primeiro abril da Era Dilma, o vermelho do MST é cor-de-rosa.
Por quê? João Pedro Stédile, mandachuva do movimento tenta explicar:
"O Bolsa Família ajudou a acomodar as pessoas em algumas regiões".
Houve tempo em que havia 200 mil famílias à beira da estrada, sob lonas pretas. Hoje, há 80 mil famílias acampadas –60 mil vinculados ao MST.
Como explicar? João Stédile traveste-se de psicanalista: "Há uma situação de psicologia social”, diz ele.
“Se as pessoas começam a se dar conta que a reforma está mais lenta, se perguntam: porque ocupar, se vai demorar?"
Financiado pela Viúva, o MST virou movimento capitalista dirigido por socialistas. Ou vice-versa.
Vestidos com camisetas de Che Guevara, seus líderes comercializame o sonho pequeno-burguês da propriedade privada.
Funcionou até o dia em que os neoproprietários perceberam que a empulhação não os fazia competitivos no mercado.
O MST passou a enfrenta, então, o dilema que assedia boa parte dos velhos. Não sabe se prolonga a rebeldia juvenil ou se aceita o senso de ridículo.
