SUSPEITOS DIZEM TER SE ARREPENDIDO DE VENDER ARMA A WELLINGTON

PAULO MELO CORUJA NEWS

Suspeitos dizem ter se arrependido de vender arma a Wellington

Da Redação, com Agência Brasil

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Os dois homens suspeitos de ter vendido um revólver calibre 32 ao atirador do Realengo afirmaram ter se arrependido da ação. Em depoimento à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, eles alegaram que jamais teriam vendido a arma se soubessem que ela teria sido usada nesse crime.

O chaveiro Charleston de Souza e o desempregado Isaías de Souza foram presos na manhã deste sábado, suspeitos de terem vendido uma das armas usadas por Wellington de Oliveira para matar 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira. 

A dupla mora em Sepetiba, bairro da zona oeste onde também residia Wellington. Eles teriam cobrado R$ 260 pelo revólver calibre 32. Tanto Charleston quanto Isaías já têm passagens pela polícia por crimes como lesão e ameaça, e tiveram sua prisão preventiva decretada pela Justiça na madrugada de hoje por venda ilegal de arma.

Charleston conheceu Wellington quando foi em sua casa para trocar uma fechadura, quando o atirador se mudou para Sepetiba. Segundo a polícia, Wellington teria perguntado se o chaveiro conhecia algum comerciante de armas.

Outra arma

A polícia ainda não conseguiu identificar a origem do revólver calibre 38, também usado por Wellington de Oliveira nos assassinatos. A arma está com a numeração raspada, o que dificulta seu rastreamento. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios, que investiga o massacre na escola, Felipe Ettore, a polícia continuará tentando identificar a origem dessa arma.

Ettore disse que não haverá necessidade de fazer reconstituição do crime. Os policiais ainda estão tentando traçar o perfil psicológico de Wellington de Oliveira para fechar a investigação.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou o novo balanço sobre o estado de saúde das crianças feridas. Ao todo, dez crianças estão internadas em diferentes hospitais do Rio de Janeiro e três estão em estado grave.

O muro da casa onde viveu Wellington de Oliveira, autor do massacre em escola do Rio na última quinta-feira, amanheceu pichado neste sábado. No muro branco há várias palavras como “covarde” e “assassino”.