FORÇAS DE SEGURANÇA PRENDEM 100 EM UNIVERSIDADE DA CAPITL DA SÍRIA

PAULO MELO CORUJA NEWS

Forças de segurança prendem 100 em universidade da capital da Síria

Manifestantes pediam libertação de colegas, segundo a oposição.
Regime do contestado Assad voltou a refutar 'interferência externa'.

Do G1, com agências internacionais
iAs forças de segurança da Síria invadiram na terça-feira à noite a cidade universitária de Damasco, agrediram estudantes e prenderam pelo menos 100 pessoas durante uma manifestação, anunciou a oposição.
Os manifestantes pediam a libertação de 11 colegas detidos durante o dia na cidade universitária, informou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman, que mora em Londres. As manifestações prosseguiram durante a noite, apesar da libertação das estudantes.
"As forças de segurança e membros da União de Estudantes invadiram na terça-feira à noite a cidade universitária de Damasco. Agrediram estudantes com cassetetes".
"Mais de 100 estudantes foram detidos", disse Rahman.
Manifestantes pró-Assad em Damasco, capital da Síria, nesta terça-feira (21) (Foto: AP)Manifestantes pró-Assad em Damasco, capital da Síria, nesta terça-feira (21) (Foto: AP)
'Interferência externa'
A Síria, que enfrenta uma onda de protestos violentamente reprimidos pelo regime do presidente Bashar al-Assad, rejeita qualquer interferência em seus assuntos internos, declarou nesta quarta o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem.
"Rejeitamos qualquer interferência estrangeira. Nós podemos chegar a pontos em comum, apesar das diferenças de pontos de vista. Ninguém do exterior deve nos impor seu ponto de vista", declarou o chanceler sírio em uma entrevista coletiva em Damasco.
A Síria considera as sanções da União Europeia (UE) uma "guerra", destacou o ministro das Relações Exteriores, que afirmou que o país examia a possibilidade de suspender sua participação na União pelo Mediterrâneo.
Além disso, Muallem destacou que a Síria deseja as melhores relações com a Turquia e espera que o governo de Ancara "reexamine sua posição" a respeito do regime Assad.
"Estamos voltados para as melhores relações com quem compartilhamos mais de 850 km de fronteira", disse o ministro sírio.
"Não queremos destruir os anos de esforços dedicados a estabelecer relações privilegiadas. Desejo que reexaminem sua posição", completou Muallem.
O chanceler sírio também aproveitou a entrevista para negar que o Irã e o Hezbollah libanês tenham participação na repressão das manifestações na Síria.