GLEISI TOMA POSSE NA CASA CIVIL

PAULO MELO CORUJA NEWS

CH


Gleisi toma posse na tarde de hoje
Gleisi Hoffmann (PT-PR) toma posse na Casa Civil em cerimônia marcada para as 16h desta quarta (8). Ao contrário de seu antecessor, Antonio Palocci, a nova ministra vai contar com boa parte dos colegas de trabalho na cerimônia. Até a presidenta Dilma Rousseff colocou o compromisso em sua agenda pessoal. Antes da posse, porém, Gleisi fará um pronunciamento na liderança do PT no Senado, às 14h30. Segundo assessores, ele pretende apresentar aos senadores o trabalho que passará a desempenhar na Casa Civil.
 

 Suplente de Gleisi se diz surpreso
FotoSÉRGIO SOUZA DEVE OCUPAR CARGO DE GLEISI
“Nem em sonho eu pensava numa coisa dessas", afimou o  advogado Sérgio Souza (PMDB-PR), que deve assumir a vaga aberta no Senado com a indicação de Gleisi Hoffmann como nova ministra da Casa Civil. Ele garantiu ainda que ninguém sabia que Gleisi ocuparia o cargo. "Só hoje o nome dela começou a circular”, afirmou ontem (7). No Paraná, o advogado se diz aliado do ex-governador do estado, Orlando Pessuti. “Não tenho nenhum tipo de relação com o (Roberto) Requião”, disse. “Sou do grupo do Orlando Pessuti. Ele é o responsável por eu ter sido indicado suplente da senadora Gleisi”, completou. Souza disse que ainda vai conversar com a nova ministra  da Casa Civil antes definir seus primeiros passos no Senado. “Vamos ter uma conversa, primeiro para dar continuidade aos projetos já encaminhados no Senado. Além disso, quero defender os interesses do Paraná”, disse. Informações do iG.
 

Após saída Palocci deve voltar a auditar

FotoOPOSIÇÃO AINDA QUER CONVOCÁ-LO
Afastado das atribuições públicas do cargo de ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci confidenciou a pessoas ligadas a ele que tem como plano retomar as atividades como consultor. Porém, deve esperar o período de quarentena legal em férias com a família, quando aproveitará para emagrecer. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, ele repetirá a dieta de 2006, quando após deixar o Ministério da Fazenda devido ao escândalo do caseiro Francenildo da Costa, perdeu 15 quilos. Os parlamentares do DEM, PSDB, PPS e PSOL querem que Palocci seja convocado para apresentar explicações sobre sua evolução patrimonial, pois afirmam que o ministro deixa "perguntas sem respostas". A oposição reconhece, porém, haver grandes dificuldades para conseguir as 27 assinaturas necessárias para instalar uma CPI.
Chagas: o pano ainda não caiu
Estava tudo acertado, claro que  nos bastidores, para Antonio Palocci dispor de uma saída honrosa. Seria, por  mais incrível que pareça, que o Procurador Geral da  República decidisse abrir no Supremo Tribunal Federal uma investigação a respeito do enriquecimento súbito do chefe  da Casa  Civil. Seria a oportunidade para  Palocci pedir o seu afastamento,  enquanto durasse a investigação, quer dizer, até a eternidade, e afastar-se do governo e da crise. O problema é que o Procurador não encontrou argumentação jurídica para incriminar Palocci. Assim, o ministro  ficou sem a saída honrosa que seria o seu afastamento em respeito à Justiça.  Mas a pressão contra ele já  estava insustentável, vindo dos partidos da base do governo, da  opinião  pública e da  opinião publicada.
 

Ministro mosca-morta deve cair; Temer e até Padilha são opções na articulação

FotoTEMER, COM SARNEY: TALENTO DE ARTICULADOR DESPERDIÇADO
FotoNINGUÉM O LEVA A SÉRIO
Como decorrência da demissão do ex-minstro Antonio Palocci, que na prática fazia a coordenação política do governo junto ao Congresso, o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais), a quem caberia oficialmente essa articulação, também deverá ser substituído. Ele não é respeitado pelos parlamentares, tampouco é levado a sério no governo. No Congresso, chamam-no "garçom", porque só anota, anota, e não dá consequência às demandas dos parlamentares, porque lhe falta autoridade. A presidenta Dilma Rousseff tem sido aconselhada, no caso da permanência de Luiz Sérgio, a usar mais o talento do vice-presidente Michel Temer na articulação política, mas caso ela decida demitir o ministro mosca-morta, políticos governistas não escondem a preferência pelo atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que ocupou o cargo de Luiz Sérgio no governo Lula.

Enio

Enio
Fotografia é história
Tentativa derrotada
Foto

Tempos em que a eleição presidencial no Brasil era indireta, sem a participação do povo: reunião de (da esquerda para a direita) Pompeu de Souza, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Euler Bentes Monteiro, Marcos Freire e Paulo Brossard. Brasília, 1978 Como foi O presidente Geisel já havia dito que seu preferido para sucedê-lo no Palácio do Planalto era o general João Figueiredo. A oposição resolveu então lançar para concorrer com o candidato do governo outro general, o carioca Euler Bentes Monteiro. Ele, embora tivesse apoiado o golpe de 1964, era da chamada ala progressista do Exército. Evidentemente, era notícia que os jornais cobriam com a maior intensidade. Nessa época eu trabalhava no Globo e fui cobrir várias reuniões do grupo que sonhava derrotar o regime militar na eleição indireta no Congresso. Essa aí, realizada na residência do então senador Saturnino Braga, contava com a presença de Tancredo Neves, Marcos Freire, Pompeu de Souza e do doutor Ulysses Guimarães, líder da oposição. O movimento, porém, não obteve êxito. A chapa Euler-Brossard  foi derrotada no colégio eleitoral por 355 votos contra 226.Depois, durante o governo do vitorioso Figueiredo, e já na reserva, Euler foi ameaçado de prisão. É que, juntamente com Fernando Henrique Cardoso, Barbosa Lima Sobrinho e outros nomes considerados de esquerda assinou um manifesto intitulado Uma Nação Ameaçada.  Orlando Brito
STF decide se acolhe Battisti e faz do Brasil o destino de bandidos fugitivos
FotoALBERTO TORREGIANI: TESTEMUNHA QUE BATTISTI TENTOU MATAR
FotoBATTISTI: ASSASSINO FRIO
O Supremo Tribunal Federal decidirá nesta quarta-feira se fará o Brasil “adotar”, como “refugiado político”, o terrorista italiano Cesare Battisti, condenado duas vezes a prisão perpétua por quatro assassinatos a sangue frio. Além das mortes, ele deixou paraplégico Alberto Torregiani, na época um adolescente de apenas quinze anos que assistiu Battisti executar o próprio pai e por isso também foi alvejado, numa tentativa de “queima de arquivo”. Torregiani é testemunha ocular (e incômoda) contra o criminoso. Apesar de a Itália ser uma sólida democracia, onde as instituições – como a Justiça – funcionam regularmente, Battisti e seus apoiadores no governo e no PT alegam que se o STF conceder a extradição, o bandido estaria sujeito a “perseguições”, insinuando que aquele país não respeita as leis. Os ministros decidirão se devem manter a decisão do ex-presidente Lula, no último dia de seu mandato, de não entregar Battisti ao governo italiano, mesmo com a autorização do Supremo para sua extradição. Nessa hipótese, o Brasil consolidará a reputação de republiqueta de bananas transformada em destino preferencial de bandidos fugitivos de outros países.
lma demite Palocci e nomeia Gleisi
Renato Araújo/ABr FotoGLEISI HOFFMANN
A presidenta Dilma Rousseff acaba de convidar a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, em lugar de Antonio Palocci, que apresentou sua demissão. Ele há semanas estava sob suspeição desde que o jornal Folha de S. Paulo revelou que seu patrimônio cresceu vinte vezes em apenas um ano, quando era deputado federal, durante o governo Lula. Gleisi Hoffmann é mulher do ministro Paulo Bernardo (Comunicações) e tem boa experiência na gestão pública: ela foi secretária de Administração do primeiro governo de Zeca do PT, no Mato Grosso do Sul, quando ganhou o apelido de "dama de ferro", ao promover uma corajosa reforma administrativa. A nova ministra também foi diretora administrativo-financeira da estatal Itaipu Binacional. Mulher de atitudes firmes, Gleise Hoffmann foi o único integrante da bancada do PT no Senado a ponderar junto a presidenta Dilma - durante almoço no Palácio da Alvorada - a necessidade da saída de Palocci, para poupar o governo de um desgaste ainda maior. Palocci teve a situação agravada ao demorar a oferecer explicações, até porque várias outras denúncias acabaram vindo à tona. Esta semana, por exemplo, a revista Veja revelou a existência de um "laranja" em cujo nome está registrado o apartamento de luxo onde mora o ministro demissionário. Ele deixa o cargo cinco meses após a posse. É a segunda vez que Palocci perde o cargo de ministro em meio a um escândalo. No governo Lula, ele era ministro da Fazenda quando caiu sob a acusação de mandar quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que o havia acusado de manter com amigos uma mansão no Lago Sul, em Brasília, batizada de "República de Ribeirão Preto", frequentada por lobistas e prostitutas.
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Sponholz
 

O ÚLTIMO OLHAR

Orlando Brito Foto
Na última aparição pública no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (7), o ex-ministro Antonio Palocci parece evitar o olhar da presidenta. Por sua vez, Dilma parece pensar: "Que merda você fez, hein, Palocci?"
overno pretende oferecer bolsas de estudo no exterior a 75 mil estudantes
Até 2014, 75 mil estudantes poderão ir para o exterior, com bolsas de estudo e passagens aéreas pagas, além de seguro médico. Alunos cursando desde o nível médio até o pós-doutorado serão beneficiados por um novo programa de internacionalização, o Ciências sem Fronteira. O projeto-geral da iniciativa será apresentado à presidenta Dilma Rousseff no próximo dia 15 pelos ministros Fernando Haddad (Educação) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Os primeiros bolsistas devem ser selecionados no primeiro semestre de 2012.
 

Ministra quer maior pena para crimes cometidos por grupos de extermínio

Exame FotoMINISTRA MARIA DO ROSÁRIO
A ministra Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos) defendeu nesta terça (7) a aprovação do Projeto de Lei que tipifica o crime de extermínio e aumenta as penas por homicídio caso o crime tenha sido cometido por milícia privada ou grupo de extermínio. “Esse crimes são uma violação dos direitos humanos e o Brasil deve estar atento a isso. Todos devemos agir contra a impunidade e contra os crimes”,disse ela. Segundo Maria do Rosário, o Governo irá formar uma força tarefa no Pará, Amazonas e Rondônia para frear a recente onda de crimes contra trabalhadores rurais nestes