Copa e projetos de transporte público levam ônibus brasileiros à África do Sul
Maiores cidades não tinham transporte urbano organizado.Empresas também vendem ônibus rodoviários para a Copa.
Outras empresas, apesar de multinacionais, optam por montar ônibus no Brasil ou desenvolvem os veículos em território brasileiro para montagem lá. Segundo as empresas, a experiência delas no Brasil com grandes projetos que envolvem transporte com corredores de ônibus, como os de Curitiba e de São Paulo, ajuda na hora de vencer licitações no país africano.
Ônibus da Marcopolo feito no Brasil e usado no transporte público em Johanesburgo (Foto: Divulgação)
A empresa monta cerca de 300 ônibus por ano no país do tipo “commuter”, uma mistura de ônibus intermunicipal e ônibus de fretamento, segundo Cunha. Além disso, a Caio exportou recentemente para o país 110 ônibus urbanos para corredores que alimentam os sistemas de metrô de cidades sul-africanas.
Ônibus da Caio vendido para a África do Sul (Foto: Divulgação)
Expansão e concorrência
A Marcopolo vendeu recentemente 300 ônibus urbanos para projetos de trânsito rápido (conhecidos como BRT ou corredores exclusivos para ônibus) e outros 476 ônibus rodoviários que serão usados pelas delegações da Fifa durante a Copa do Mundo. “Esperamos vender entre 400 e 500 unidades por ano para BRTs na África do Sul”, diz Andrade.
O diretor da Marcopolo explica que a empresa participa de licitações na África do Sul, como as para compras de ônibus urbanos por cidades em parceria com fabricantes de chassis, como MAN, Scania e Mercedes-Benz. Esta última, por exemplo, fechou contrato em dezembro para fornecer 460 ônibus rodoviários a uma empresa de Pretória, para uso durante a Copa do Mundo. Os chassis, fabricados no Brasil, serão montados em fábrica na África do Sul e entregues com carroceria da Marcopolo.