O ex-governador Roberto Requião, do PMDB, não perdoa o presidente do
Detran, Coronel David Pancotti. É que Pancotti reuniu na segunda-feira,
em jantar na churrascaria Estrela, mais de 100 diretores dos Ciretrans
dos municípios do interior para que o candidato ao governo Osmar Dias,
do PDT, a candidata ao senado Gleisi Hoffmann, do PT, e o governador
Orlando Pessuti, do PMDB, pudessem falar, e não o convidou.
Em razão disso, Requião, em alto e bom som, anda acusando Pancotti de
usar funcionários do Detran para reformar seu apartamento na praia.
Outro motivo que irritou Requião foi o fato de Pancotti ter cortado os
repasses do Detran para o Provopar comandado por sua irmã Lucia Requião.
No twiiter seus “amigos”, http://twitter.com/criacuervo, dispara:
1. Comentarios no comite acerca do cardápio do jantar: serviram
peixe no jantar do Pancotti, então vamos cortar a cabeca e comer o rabo
deles.
2. @H_Seldon Mais serio que traição só corrupção, por ex: usar
funcionarios para reforma de apto na Praia, isso é grave. Para não
esquecer: Pancoti foi comandante da PM e depois chefe do Detran pela mão
de Requião. Hoje tentou consertar marcando almoço reservado.
3. Pancoti reuniu chefes de Ciretran em jantar ontem a noite.
Osmar, Gleisi e Pessuti convidados, compareceram. Não convidou Requiao.
Trairão.
Dados inéditos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
mostram como o preenchimento de empregos no Judiciário brasileiro está
sujeito ao apadrinhamento.
Em pelo menos 13 tribunais do país, mais de 50% dos cargos
comissionados — de livre nomeação por magistrados ou chefes de setor —
são ocupados por funcionários que não têm qualquer vínculo com a
administração pública ou com a Justiça. A situação fere normas do
conselho, que fixou parâmetros para a lotação das vagas.
A resolução 88, editada em 8 de setembro de 2009, diz que pelo menos a
metade dos cargos em comissão deve ser destinada aos servidores das
carreiras judiciárias, ou seja, os concursados.