MÃE ENCONTRA A FILHA VICIADA

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Mãe reencontra filha viciada em crack

Jovem grávida foi flagrada consumindo a droga em Campinas (SP).
Mãe viu a reportagem e foi em busca da filha.
 
Do G1

Um vídeo exibido no dia 10 no Bom Dia Brasil mostrava o consumo da droga por grávidas e crianças à luz do dia, em uma das regiões mais movimentadas de Campinas, a 93 km de São Paulo. Na semana passada, a mãe reconheceu a filha, grávida, nas imagens. Mãe e filha puderam finalmente se reencontrar. Essa família devastada pela droga deu depoimentos emocionantes.

A tristeza dobrou as costas da aposentada Rosa Fidélis. A força para lutar pelo filho e pela nora, os dois viciados em crack, se esgotou: “Não sou mais gente. Sou um farrapo humano de tanto lutar com essa menina e esse menino”.

Sheyla, a nora de Rosa, tem 27 anos e está grávida de cinco meses. Ela apareceu em imagens fumando a droga no centro de Campinas. A mãe, que mora em São Paulo, viu a reportagem e veio atrás dela.

Após um ano de separação, elas tinham muito o que conversar. Rosa conta que o filho e a nora já venderam tudo da casa para comprar crack. “Não importa riqueza. Minha casa está uma bagunça e eu não tenho cabeça para mais nada”, aponta a aposentada Rosa Fidélis


O filho dela prefere não aparecer, mas concorda em contar como é difícil a luta contra o crack: “Você está sentado, de pé, deitado, nada está bom. Você fica suando. É muito tempo usando”.

A maior preocupação da família é com a saúde do casal e do filho que Sheyla espera. “Quero salvar os dois e o inocente que vem vindo”, chora a aposentada Rosa Fidélis.

O pré-natal praticamente não é feito. Sheyla também está com tuberculose, mas diz que não consegue se afastar da droga: “Recusa uma, duas, três, quatro vezes. Chega uma hora que não dá”, diz. "O que ela mais sente é a falta da mãe: “Eu sinto falta. Quero ficar perto da minha mãe”, chora.

Veja ao lado vídeo onde aparece Sheyla em meio a usuários de crack em Campinas

Sheyla e o marido dizem que têm vontade de se livrar do crack. Por enquanto, o apoio da família é fundamental para afastá-los das ruas.

“Que todas as mães façam o que eu estou fazendo: peçam ajuda. Nós precisamos”, pede a mãe Silvana Marques.

Na praça onde Sheyla foi flagrada, no centro de Campinas, a venda da droga era feita durante o dia. Hoje, a situação é outra. O local está mais limpo. As rondas da Polícia Militar também foram intensificadas. Traficantes e usuários já não são mais vistos, pelo menos por enquanto.

Os médicos dizem que o consumo de crack pela mãe afeta também o bebê. Mas, depois de toda essa história triste, há uma esperança: uma clínica especializada no tratamento de dependente ofereceu ajuda gratuita para Sheyla e o marido. Eles foram internados e o tratamento deve durar nove meses.