.Eleições de outubro
Gleisi descarta ser vice de Osmar Dias
Petista mantém pré-candidatura ao Senado e
diz que aliança não sai se essa for a condição
Abraão
Benício
Gleisi Hoffmann: “Não vamos
discutir isso novamente” (foto: Jonas Oliveira)
Se depender da ex-presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, aceitar o convite para ser candidata a vice-governadora na chapa encabeçada pelo senador Osmar Dias (PDT), a aliança entre petistas e pedetistas para disputa das eleições de outubro não se concretizará no Paraná. A garantia é da própria Gleisi, que não cede aos apelos do PDT e afirma que a prioridade é a candidatura ao Senado. “A nossa posição é a mesma. Não vamos nos propor a discutir isso novamente”, descarta a petista.
Questionada sobre a possibilidade da sua indicação ser uma exigência pedetista, Gleisi é clara. “Não vãos fazer aliança de condições. Temos um projeto nacional e estamos propondo que ele seja estendido ao Paraná com o apoio do presidente Lula. Mas, não podemos esquecer, que é preciso garantir uma bancada forte no Senado”, diz.
A resistência petista à indicação do nome de Gleisi para fazer dupla com o senador é no momento um dos principais entraves para concretização da aliança. Outro problema é a suposta falta de compromisso petista – alardeada pelos pedetistas – com o projeto eleitoral de Osmar Dias.
Os correligionários do senador temem que o PT esteja apenas interessado em garantir um palanque forte no estado para a candidatura presidencial da ministra Dilma Roussef. Até por isso, cobram do presidente Lula (PT) a construção de um palanque único no Paraná, com todos os partidos que compõem a base aliada nacional, inclusive o PMDB do governador Roberto Requião.
Para isso, os peemedebistas teriam que abrir mão da candidatura própria ao Palácio das Araucárias, encabeçada pelo vice-governador Orlando Pessuti. O ministro do Trabalho e principal líder pedetista, Carlos Lupi, foi incumbido pelo próprio Osmar e pelo presidente em exercício do partido no Paraná, deputado Augustinho Zucchi, de apresentar a reivindicação Lula. Mas, dificilmente um suposto apelo do presidente encontraria eco entre os peemedebistas, que já manifestaram publicamente o descontentamento com o apoio do presidente ao projeto eleitoral do PDT em detrimento a candidatura de Pessuti. Além disso, os peemedebistas já apontaram que se Pessuti desistir, preferem fechar uma aliança em torno da candidatura do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).
Durante a semana, o presidente do PT do Paraná, deputado Ênio Verri, chegou a afirmar que Osmar tem prazo até o próximo dia 10, data de encontro do partido, para decidir se aceita ou não a aliança. “Se até o dia 10 ele (Osmar) não formalizar seu interesse vamos procurar quem se interessa”, disse.