BLOG DO JOSIAS
China, Russia, Índia e África do Sul no Brasil de Lula
Lula Marques/Folha

Lula
se diverte com a demora do colega chinês em assinar o papelório
Brasília viveu um dia de azáfama. Lula recepcinou nesta quinta os
líderes dos quatro países que, junto com o Brasil, frequentam o rol dos
emergentes.
A
programação previa dois dias de reuniões. Primeiro, um encontro do IBAS
(fórum político integrado por Índia, Brasil e África do Sul).
Depois, uma cúpula do BRIC, a sigla que
identifica as principais nações emergentes do planeta: Brasil, Rússia,
India e China.
A pedido de
Hu Jintao, presidente da China, tudo teve de ser espremido num único
dia. Ele precisou abreviar o retorno ao seu país, sacudido por um
terremoto.
Jintao
assinou com Lula um lote de acordos comerciais e de
cooperação energética. No instante da assinatura, uma cena inusitada.
Lula assinou tudo rapidamente. O colega
chinês, de caligrafia mais rebuscada, demorou. Lula não conteve o riso
(repare na animação fotográfica lá do alto).
Em discurso, Lula disse que, mercê das
conquistas obtidas nos últimos anos, China e Brasil, estão como que
fadados a lutar por uma nova ordem mundial.
No encontro com Índia e África do Sul, Lula
disse que a perceria é resposta “a uma ordem internacional desigual e
injusta". Uma vitória contra o "ceticismo".
Agora à noite, desenrola-se a cúpula abreviada
dos BRICs. Antes, em
encontros paralelos, Lula discutira com China e Índia a encrenca do Irã.
Segundo o chanceler Celso Amorim, houve “afinidade” quanto à
idéia de abrir negociar com o Irã em vez de impor ao país sanções, como
querem os EUA e a Comunidade Européia.
O tempo dirá se a afinidade de que fala Amorim terá utilidade
prática. Lula embarca para Teerão em 15 de maio. Antes disso a ONU pode
aprovar as sanções.