PSDB estima em até R$ 200 mi o custo da campanha
Alex Almeida

Às voltas com a estruturação da campanha de José Serra, a direção
do PSDB estima que pode chegar à casa dos R$ 200 milhões o custo da
empreitada.
É quase três
vezes mais do que o valor oficial declarado pelo partido na campanha de
Geraldo Alckmin, em 2006: R$ 79 milhões.
A despeito do aumento, o tucanato acredita que vai à disputa bem
mais pobre do que o PT.
Nos subterrâneos, os operadores de Serra avaliam que a campanha
da rival Dilma Rousseff será orçada em mais de R$ 500 milhões.
Por ora, a exemplo do que se passa com Dilma,
as despesas de Serra correm por conta das arcas do partido.
O candidato já voa em jatinhos alugados. O
partido providencia o aluguel de dois comitês de campanha. Um em
Brasília. Outro em São Paulo.
Além da coordenação nacional, exercida pelo presidente do PSDB,
Sérgio Guerra, a campanha terá coordenadores regionais.
O PSDB dividiu o mapa do país em oito regiões.
Para cada uma, um coordenador. O indicado vai cuidar de questões
políticas e do suprimento de material.
A divisão ficou assim:
1. Primeira
região: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
2. Segunda
região: Minas Gerais e Espírito Santo.
3. Terceira
região: Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
4.
Quarta região: Acre, Rondônia, Amazônia e Roraima.
5.
Quinta região: Tocantins, Pará e Amapá.
6.
Sexta região: Bahia e Sergipe.
7.
Sétima região: Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco e Alagoas.
8. Oitava
região: Maranhão, Piauí e Ceará.
Falta situar o Distrito Federal
no mapa eleitoral. Quanto a São Paulo e Rio de Janeiro, prevê-se que
serão coordenados sob a supervisão direta do comitê nacional.
Embora vá dispor de comitês em
São Paulo e Brasília, Serra não deve esquentar a cadeira em nenhum dos
dois escritórios.
Planeja-se
um ativo cronograma de viagens. A organização dos deslocamentos foi
confiada à vice-presidente da PSDB, senadora Marisa Serrano (MS).
Na próxima segunda (19), como previsto, Serra
voará para Belo Horizonte. O ponto alto da viagem será uma exibição da
musculatura política de Aécio Neves.
O ex-governador mineiro, agora candidato ao Senado, planeja
reunir ao redor de Serra um contingente de 300 lideranças políticas do
Estado. A maioria prefeitos.
Na sequência, Serra deve visitar Goiás, Pernambuco, Ceará,
Paraíba, Pará e a região Sul. Não necessariamente nessa ordem.