Só ação de Lula pode salvar a aliança entre o PDT e PT no PR
Pré-candidato ao governo, senador Osmar
Dias diz que só volta a negociar se o presidente tomar a iniciativa
Abraão
Benício
O senador Osmar Dias (PDT):
“Agora, só converso com o Lula se ele quiser conversar” (foto: Jonas
Oliveira)
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A iniciativa para que sejam retomadas as negociações entre
pedetistas e petistas, para formação de aliança para disputa das
eleições de outubro no Paraná, terá que partir do presidente Lula (PT). A
afirmação é do pré-candidato do PDT ao governo do Estado, senador Osmar
Dias, que garante que a proposta do seu partido é clara e já foi
apresentada.Nesta sexta-feira, o presidente nacional licenciado do PDT, ministro do Trabalho Carlos Lupi, desembarca em solo paranaense. Embora, os pedetistas garantam que o cacique vem apenas participar de compromissos oficiais, o encontro com petistas será inevitável, assim como as conversas sobre a aliança. O ministro do Planejamento Paulo Bernardo, que vem articulando as alianças do PT nos Estados, também deve participar do evento. “O Lupi vem participar de evento do programa Projovem em Londrina. Li nos jornais que o (Ênio) Verri deu a negociação por encerrada. Agora, só converso com o Lula se ele quiser conversar”, diz Osmar Dias em referência a reunião da última segunda-feira, quando os petistas do Paraná confirmaram a decisão de lançar candidato próprio ao governo do Estado, diante do fracasso das negociações com o PDT.
A cúpula petista reafirmou que não abre mão da candidatura de Gleisi Hoffmann ao Senado para ser vice de Osmar, como quer o PDT.
A aliança com o PDT de Osmar Dias vinha sendo negociada pelo PT justamente como forma de garantir um palanque forte para Dilma no Paraná, já que os próprios petistas admitiam não ter um candidato competitivo ao governo. As negociações, porém, emperraram diante da insistência do PDT de ter Gleisi como candidata a vice e não ao Senado. Osmar alega que essa condição foi colocada desde o início para Lula. E que com Gleisi na vice, abriria-se a possibilidade de atrair outros partidos da base de Lula para o palanque dele e de Dilma – como o PP e o PMDB - já que sobrariam duas vagas de candidato ao Senado na chapa.
