Novo governador do Paraná demite aliados de Roberto Requião
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da Reportagem Local
O governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), já demitiu seis aliados diretos de Roberto Requião (PMDB), que saiu do cargo no final de março para concorrer ao Senado.
Em sua página Twitter, o ex-governador criticou o aliado por conta das demissões. "Não foi inesperado, mas foi mais rápido do que eu imaginava", diz Requião no microblog.
A principal mudança foi a saída do secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, substituído pelo coronel da Polícia Militar Aramis Linhares Serpa. "Delazari sai da secretaria de Segurança. Leal íntegro e competente. Continuaria meu secretário", afirma Requião. Delazari deixou do Ministério Público, onde tinha um cargo vitalício, para ser secretário em 2003.
"Estamos fazendo os remanejamentos que entendemos necessários para darmos a celeridade que o governo precisa para agir nos próximos meses", afirmou Pessuti durante a troca dos secretários nesta terça-feira. Pessuti é pré-candidato a reeleição ao governo paranaense.
Na semana passada, o demitido foi o secretário Rafael Iatauro (Casa Civil). Nesta terça-feira, foram mais três: Rogério Tizzot (Transportes), Nestor Bueno (Planejamento) e Benedito Pires (Comunicação).
Pessuti afirmou também que haverá novas mudanças na próxima semana. Uma delas foi anunciada pelo Requião em seu blog. Segundo ele, Rogério Tizzot, diretor do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) também perdeu o emprego.
"Rogério Tizzot zerou a manutenção das estradas abandonadas do Paraná. Foi demitido sem aviso prévio", diz o ex-governador. Para ele, a sua saída pode fazer o pedágio aumentar no Estado. "Não há duvida que o pedágio voltará a tentar corromper o Executivo do PR. Todos em estado de alerta!"
Requião também ataca no Twitter a candidatura de Pessuti. "Se o Pessuti não se viabilizar em trinta dias, nosso PMDB deve costurar uma aliança que garanta as linhas básicas de nosso governo."
Pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro, mostrou o ex-governador em terceiro lugar com 4% das intenções de votos. O ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), e o senador Osmar Dias (PDT) apareciam tecnicamente empatados, respectivamente com 40% e 38% das intenções de voto.
