Goleada de 1 a 0! Internacional bate Estudiantes no fim e tem vantagem
Colorado tem dificuldades, mas ganha a partida no Beira-Rio com um gol do zagueiro Sorondo, de cabeça, aos 42 minutos do segundo tempo
O resultado oferece conforto, mesmo que mínimo, para o jogo da volta, quinta-feira que vem, às 19h45m (de Brasília), no Estádio do Quilmes. O gol aos 42 minutos do segundo tempo dá ao Inter o direito de empatar na Argentina e até de perder por um gol, a partir do 2 a 1. Vale vaga nas semifinais da Libertadores.
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Antes, no domingo, o Colorado volta a pensar no Campeonato Brasileiro. O adversário é o Goiás, às 16h, no Serra Dourada. Jorge Fossati deve escalar reservas.
O tempo nos pés de Verón
D'Alessandro foi bem marcado no
primeiro tempo
(Foto: Vipcomm)
É um processo físico o que acontece com Verón dentro de um campo de
futebol. Ele magnetiza a bola em vez de dominá-la. Ele impulsiona a bola
em vez de chutá-la. O craque argentino, como se tivesse os pés envoltos
por pedaços de algodão, joga com maciez, com suavidade. Joga demais.
Tudo no Estudiantes passou por ele no primeiro tempo. E foi justamente
por isso que o Inter esteve longe de vencer o time de La Plata na etapa
inicial.(Foto: Vipcomm)
É injustiça dizer que a equipe colorada foi mal nos 45 minutos iniciais. Não foi isso. O Inter teve a bola, tentou acelerar o jogo, buscou tabelamentos, foi até superior ao Estudiantes. Mas a grande questão é que esteve sempre controlado. E muito por causa de Verón, com sua capacidade de marcar presença no campo inteiro e passar a impressão de que só se desloca em um pedaço de dois metros quadrados. O Inter precisava de um jogo intenso no primeiro tempo. E teve que engolir uma partida cadenciada, bem no estilo da “Brujita”.
Foi o time de Jorge Fossati que criou mais chances. Mas a primeira foi do Estudiantes. Sandro, com 15 minutos, perdeu a bola no meio do campo. Ela girou pelo ataque e caiu nos pés de Pérez. O chute foi forte, muito perigoso, mas por cima do gol de Abbondanzieri. A resposta colorada foi exatamente no mesmo tom: Alecsandro, de fora da área, também com perigo, também por cima.
O Inter ensaiou uma pressão que jamais virou realidade. O grande lance de ataque dos colorados teve Andrezinho como protagonista. Ele recebeu um toquezinho leve de Walter e saiu na cara de Orión. Na dividida com o goleiro, o máximo que conseguiu foi um escanteio. Alecsandro, aos 22, voltou a arriscar de longe. Sem sucesso.
O Beira-Rio, quase lotado, teve momentos de rugido. E outros de silêncio. Estava na cara dos torcedores que o jogo era dos mais difíceis. Verón, com aquele jeitão de quem nunca quer nada e quase sempre consegue tudo, assustou. Ele tabelou pela direita (sempre de primeira, como se fosse proibido dar mais de um toque na bola) e mandou o cruzamento. Boselli faria o gol se Bolívar não vestisse manto de santo e cortasse na hora certa. O mesmo Verón, pouco depois, mandou chute de direita. A bola passou sobre o gol de Abbondanzieri.
Riscos necessários no Beira-Rio
Correr riscos virou uma necessidade para o Inter no segundo tempo. O jogo se resumiu a uma fórmula quase matemática: quanto mais passava o tempo, mais o Colorado precisava atacar, e mais o Estudiantes ameaçava no contragolpe. Paciência. Melhor arriscar ganhar o jogo (ou perdê-lo) do que se acomodar com o 0 a 0.
O zagueiro Sorondo comemora o gol da
vitória heroica do Inter sobre o Estudiantes (Foto: EFE)
O problema é que o Estudiantes não foi campeão da América por bênção
dos céus. Ganhou porque é bom time. Boselli, Pérez e Sosa são bons
coadjuvantes para Verón. Eles colocaram calor na zaga colorada, que
conseguiu se safar antes que o pior acontecesse. Pérez, com 16 minutos,
mandou chute cruzado, de assustar, mas para fora.O Inter não sabia mais como atacar. Jorge Fossati resolveu dar corda no relógio do Estudiantes. Saiu a força física de Walter, entrou a correria de Taison. O jogo, não necessariamente por causa da troca, esquentou. D’Alessandro fez linda jogada e deixou para Nei. O cruzamento foi perfeito. Alecsandro subiu e encaixou o corpo do jeito que os centroavantes fazem quando vão marcar o gol. O cabeceio só não foi melhor do que a defesa de Orión. Na sequência da jogada, Andrezinho bateu cruzado, e o goleiro pegou de novo.
O Inter, pouco a pouco, foi tentando aumentar o bafo colocado na zaga adversária. Aos 36, Guiñazu entrou na área e foi ao chão. Pediu pênalti, e o árbitro acertou ao mandar o jogo seguir. Com cruzamentos de longe, avanços rápidos pelo meio e triangulações, o time vermelho criou esperanças de vitória. O Estudiantes, inclusive Verón, cansou. E pagou caro por isso. Andrezinho cruzou, e Sorondo, de cabeça, fez o gol da vitória, o da goleada por 1 a 0, o de uma vitória magra que enche a barriga de qualquer colorado!
Abbondanzieri, Nei (Glaydson), Bolívar, Sorondo e Kleber; Sandro,
Guiñazu, Andrezinho e D’Alessandro (Giuliano); Walter (Taison) e
Alecsandro. |
Orión, Clemente Rodríguez, Cellay, Federico Fernández, Desábato e Ré; Sánchez, Pérez (Steffanato), Verón e Sosa (Benítez); Boselli. |
Técnico: Jorge Fossati | Técnico: Alejandro Sabella |
Gol: Sorondo, aos 42 minutos do segundo tempo |
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Cartões amarelos: D'Alessandro, Bolívar, Sandro, Nei, Guiñazu (Inter); Sánchez, Clemente Rodríguez, Sosa (Estudiantes) | |
Estádio: Beira-Rio. Data: 13/05/2010. Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai). Auxiliares: Miguel Nievas (Uruguai) e Carlos Pastorino (Uruguai). |