Terminadas as férias, Tuma Júnior vai ao olho da rua
Jamil
Bittar/Reuters
Pilhado em ligações perigosas com um contrabandista chinês,
Romeu Tuma Júnior saíra em férias no mês passado.
Pilhado em ligações perigosas com um contrabandista chinês,
Romeu Tuma Júnior saíra em férias no mês passado.
Disse que retornaria à
Secretaria Nacional de Justiça quando estivesse “moreninho”. Em verdade,
já estava bem passado.
Nesta segunda, o ministro
Luiz Paulo Barreto (Justiça) encaminhou a Lula o pedido de exoneração do
secretário.
Em nota oficial,
informou-se que, para o ministro, “estando fora do cargo que atualmente
ocupa, Tuma Júnior poderá melhor promover sua defesa”.
Defende-se numa sindicância
ministerial, na comissão de ética da Presidência e num inquérito da
Polícia Federal.
Entre as suspeitas que o
rondam estão: regularização de imigrantes ilegais e intervenção para
liberar mercadoria ilegal apreendida. Ele nega os malfeitos.
Na mesma nota em que
comunica a demissão, o ministro da Justiça afaga Tuma Júnior. Elogia-lhe
os “excelentes trabalhos prestados”.
Excelentes trabalhos? Ou o
ministro receia pela reação do auxiliar deposto ou traz na alma a
convicção de sua inocência. A primeira hipótese desmerece o ministro. A
segunda desmoraliza a demissão.