Brasil sofre choque térmico desnecessário às vésperas da Copa
Seleção sai de calor na Tanzânia para pegar frio em Johannesburgo
Por Cosme Rímoli, do R7, em
Johannesburgo

AFP/Fabrice Coffrini
Médicos, fisiologistas e preparadores do mundo inteiro vão ficar de queixo caído. O Brasil fez seu último amistoso antes de começar a disputar a Copa do Mundo na Tanzânia, no ar úmido de Dar Es Salaam e 26 graus Celsius, ou seja, calor forte, mesmo às 18h, quando o jogo começou no horário local.
Apenas oito dias depois, na terça-feira (15), a seleção do técnico Dunga entrará em campo no Ellis Park, contra a Coreia do Norte, aqui em Johannesburgo: ar muito seco e previsão de temperatura entre zero e um grau Celsius. Mesmo os mais de R$ 4,5 milhões que a CBF cobrou para jogar na Tanzânia não compensam esse choque climático tão forte.
No clima de escola militar que Dunga impõe na seleção, criticar a falta de organização da CBF é proibido. Ninguém deverá falar contra o absurdo e desnecessário choque térmico a que todos estarão expostos à partida noturna. Em Johannesburgo, o jogo começará às 20h30 (15h30 em Brasília), horário feito e divulgado desde o sorteio dos grupos, em dezembro. A maioria dos atletas atua na Europa e estão acostumados ao clima frio, mas em uma crescente, não a oscilações tão drásticas.