CLAUDIO HUMBERTO
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Fotografia é históriaA escolha de Brizola
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Realizada no plenário da Câmara, em Brasília, a Convenção Nacional do PDT, em 1989, foi marcada pela alegria. Leonel Brizola, idealizador e líder maior do Partido Democrático Trabalhista, era aclamado candidato a presidente da República.
Como foi – Cobri de perto a maioria dos lances daquela eleição para a Veja. Um dos mais festivos foi esse aí. Brizola foi aplaudido por admiradores, ao lado de vários amigos e da esposa Neusa, irmã de João Goulart, deposto pelos militares, em 1964. Depois de cassado pela Revolução e viver 15 anos no exílio, ele voltou ao Brasil, com a Lei da Anistia, e pode continuar sua carreira política. Governou o Rio de Janeiro por duas vezes e elegeu-se novamente deputado federal. Brizola foi um dos maiores idealistas políticos do Brasil, chegando a presidir a Internacional Socialista, com sede na Europa. Surgiu na vida pública lançado pelo conterrâneo Getúlio Vargas e iniciou sua carreira no velho PTB do caudilho gaúcho. Morreu aos 80 anos, em 2002, e mesmo sendo muito popular, naquela eleição terminou em terceiro lugar, com 11.166.016 votos. Pouco menos de 40 mil atrás de Lula, que perdeu para Fernando Collor no segundo turno. Orlando Brito.