PAULO MELO CORUJA NEWS
Ricardo Stuckert/PR
De passagem por São Paulo, Lula declarou-se “otimista” com a perspectiva de normalização das relações entre Venezuela e Colômbia.
Nesta terça (10), o venezuelano Hugo Chávez se reunirá com Juan Manuel Santos, o novo presidente colombiano.
"Eu
sou um otimista inveterado em relação à possibilidade da construção de
paz, sobretudo entre Venezuela e Colômbia", disse Lula.
Referindo-se a Juan Santos, acrescentou: "Eu penso que ele tem possibilidade de resolver o problema".
O problema não está, porém, na disposição de Santos. A questão é saber se o companheiro Chávez fará uma concessão ao bom senso.
Alan Marques/FolhaCandidato
ao governo de Alagoas, o senador e ex-presidente Fernando Collor não
atraiu, por ora, a simpatia das caixas registradoras.
Em recursos de terceiros, obteve apenas R$ 70 mil para sua campanha. Dinheiro provido pelo partido, o PTB.
Qualquer outro candidato iria à primeira praça pública e acionaria o gogó: Não me deixem só! Collor, não.
Para contornar a inanição monetária, o senador levou a mão ao bolso. Borrifou nas arcas eleitorais R$ 650 mil em verbas “próprias”.
Mais
sorte teve o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), candidato à
reeleição. Na primeira rodada de chapéu, amealhou R$ 1,55 milhão.
O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), cuja candidatura flerta com a barreira da Ficha Limpa, beliscou R$ 1 milhão.
Marcello Casal/ABrO matrimônio, quando fundado no interesse, logo vira patrimônio. Tome-se o caso de Dilma Rousseff.
Vai às urnas enganchada em Lula. Está de olho no baú da popularidade. Já fala como dona da fortuna:
“Tenho
orgulho da minha cara e do meu patrimônio, que é ter sido coordenadora
do governo de um presidente que foi extremamente bem sucedido...”
De
passagem pelo Rio, Dilma teve de lidar, como de hábito, com o assédio
dos repórteres. Foi inquirida sobre sua relação com Lula.
Um
casamento político que já se funde até nas agendas. Separados de dia,
os compromissos de ambos se entrelaçam à noite, em explícita comunhão.
Dilma responde à estranheza dos gravadores e microfones com estudada naturalidade:
"Agenda casada [...] vamos fazer sistematicamente. Durante a semana, à noite. E nos finais de semana".
Ela não abre mão de trazer o nome de Lula grudado nos lábios. “O presidente Lula, nos meus discursos, eu considero fundamental”.
Para não pensarem que padece de dependência doentia, avisa que “pode variar”. Como? “Eu posso falar 'o nosso governo'.”
Dilma foi alcançada pelos repórtres na favela carioca da Rocinha, quando fazia gravações para o programa eleitoral televisivo.
À
tarde, treina para a entrevista que dará logo mais, na bancada do
'Jornal Nacional'. Avalia com a equipe quando deve dizer “Lula” e “nosso
governo”.
Escrito por Josias de Souza às 14h04
Elza Fiúza/ABrMarina Silva vivenciou uma dessas situações contraditórias que as campanhas políticas são pródigas em proprorcionar.
A presidenciável do PV esteve, neste domingo (8), em Fortaleza. Seu principal compromisso foi uma sessão de autógrafos.
Ela rubricou o livro biográfico “Marina – A Vida por uma Causa”, escrito pela jornalista Marília de Camargo Cesar.
Teve o azar de chegar à capital cearense dois dias depois de o TRE-CE ter vetado o registro do candidato do PV ao governo do Estado.
Chama-se Marcelo Silva. Preside o diretório do partido de Marina no Ceará. Foi abalroado pela lei da Ficha Limpa.
Ex-prefeito do município de Maranguape (1997-2004), Marcelo teve as contas de sua gestão rejeitadas pelo Tribunal de Contas.
Considerado “ficha suja” pelo TRE, Marcelo absteve-se de comparecer à livraria em que Marina distribuiu autógrafos.
A despeito da ausência física, o partidário encrencado se impôs a Marina como um tema incontornável.
“É uma questão que a Justiça está decidindo”, disse a candidata aos repórteres. Lembrou que Marcelo recorreu do veto do TRE.
“Agora,
vamos aguardar a decisão da Justiça”, acrescentou. “O que queremos é
cumprir aquilo que a Justiça determinar como justo”.
Disse, de resto, que considerou "muito bom" que o projeto da Ficha Limpa tenha sido aprovado.
"O Congresso, com certeza, terá um refinamento. Da mesma forma que o Poder Executivo, no fim de todos os processos eleitorais".
O candidato do PV ao governo do Ceará que o diga!
FolhaJosé Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio participam, nesta segunda (9), de encontro com cerca de mil empresários.
Em horários distintos, farão exposições sobre seus programas de governo –Plínio às 14h, Serrá às 15h e Marina às 16h.
Os três concordaram em se submeter, depois, a uma sabatina. Serão inquiridos pelo economista Roberto Macedo e três jornalistas.
São eles: Heródoto Barbeiro (CBN), Moisés Rabinovici (Diário do Comércio) e José Nêumanne Pinto (SBT).
Dilma Rousseff havia confirmado presença. Porém, na última hora, mandou a assessoria informar que não daria as caras.
Alegou-se problema de agenda. Meia-verdade. O único compromisso inamovível da candidata para esta segunda ocorrerá à noite.
A pupila de Lula abrirá a série de entrevistas ao vivo que o Jornal Nacional, da TV Globo, fará com os presidenciáveis.
Se
quisesse, Dilma poderia fazer escala em São Paulo. Viaja em jatinho
particular. E os organizadores do evento haviam marcado a participação
dela para a abertura, às 14h.
Sem
Dilma, optou-se por convidar Plínio, que aceitou gostosa e prontamente
tomar parte da exposição/sabatina. Deve-se a iniciativa a três
entidades:
São
elas: ACSP (Associação Comercial de SP), Facesp (Federação das
Associações Comerciais de SP); e CACB (Confederação das Associações
Comerciais e Empresariais do Brasil).
Será
a primeira opotunidade para que os candidatos exponham suas idéias
depois do debate televisivo da semana passada, levado ao ar pela Band,
na quinta (5).
Em comunicado da última sexta (6), a CACB mencionava apenas os nomes de Serra e Marina, sem Plínio, o "substituto" de Dilma.
Neste domingo (8), a ACSP levou à sua página na web as fotos dos presidenciáveis convidados. Cuidou de incluir Plínio. Sobre a imagem da petista, uma inscrição:
“Dilma: cancelou.” Quem pressiona o mouse sobre as fotos é conduzido para uma notícia veiculada pelo 'Diário do Comércio'. O texto faz referência ao vaivém de Dilma.
- Globo: Governistas arrecadam 63% a mais que oposição
- Folha: Orçamento trava expansão do gasto social no pós-Lula
- Estadão: Juízes federais de SP usam carro oficial em férias e feriado
- JB: Dossiês: Dilma nega "fábrica"
- Correio: Salário de aposentado triplica em dez anos
- Valor: Importados já são 18% do consumo
- Estado de Minas: Luxo das classes C e D já custa meio bilhão
- Jornal do Commercio: Professor universitário assassinado a facadas
- Zero Hora: Lazer oficial: Dinheiro público paga turismo de vereadores
Paixão
As
dores que assediam a coluna vertebral do ministro Joaquim Barbosa,
levando-o a ausentar-se do trabalho, espalham desconforto pelo STF.
O
incômodo, que já era grande, aumentou depois que se descobriu que, de
licença médica desde abril, Barbosa foi visto numa festa e num boteco de
Brasília.
Deve-se à repórter Mariângela Gallucci a revelação de que a inatividade funcional não impede o ministro de manter ativa sua agenda social.
O contraste deesaguou em polêmica. Ouça-se, por exemplo, o que disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcanti Jr.:
“Eu
acho que seria o mínimo de consideração com a sociedade, com o erário,
com os seus pares, com o Supremo, que o ministro Joaquim Barbosa viesse a
público dar uma explicação...”
“...Aparentemente,
não há coerência entre a postura de não trabalhar em razão de um
problema de saúde, que é natural, qualquer pessoa pode ter, e de ter uma
vida social onde isso não é demonstrado”.
Colega
de Barbosa no STF, o ministro Marco Aurélio Mello, embora mais
econômico nas palavras, não soou menos enfático: “Que se defina a
situação!”