DOURADOS MS.PELA 2ª VEZ NESTE ANO PF DESMONTA ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

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Pela 2ª vez em 1 ano, PF desmonta prefeitura de Dourados



Aline dos Santos
Em pouco mais de um ano, Dourados foi palco de duas operações da PF (Polícia Federal) que estremeceu o poder público - prefeitura e Câmara Municipal - de Dourados.

Hoje, a Operação Uragano (furacão em italiano) prendeu o prefeito Ari Artuzi (PDT), o vice Carlinhos Cantor (DEM), o presidente da Câmara Municipal e candidato a deputado estadual, Sidlei Alves (DEM) e mais oito vereadores. Desta forma, somente três dos 12 vereadores da cidade estão em liberdade.

Também foram presos os secretários de Administração, Finanças, Serviços Urbanos e Planejamento e Obras. Todos são acusados de participar de um esquema, liderado por Artuzi, para direcionamento de licitações. Foram apreendidos cerca de R$ 100 mil na casa do prefeito.

Os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados, para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito.

De novo - A atual configuração do primeiro escalão da prefeitura é resultado de mudanças impostas pela Operação Owari (ponto final em japonês), quando foram presos quatro secretários, inclusive Carlinhos Cantor, que além de vice-prefeito ocupava o cargo de secretário de serviços urbanos.

Outro reincidente é o vereador Sidlei Alves, que foi preso em julho de 2009. Na ocasião, dos 41 presos pela PF, 38 obtiveram a liberdade logo no dia seguinte à operação. À época, foi denunciada fraude em licitações para privilegiar o Grupo Uemura.

Somente em agosto de 2010, ou seja, um ano depois, Ari Artuzi, secretários, vereadores e os empresários Sizuo e Eduardo Uemura viraram réu no processo por fraude em competitividade de licitações e formação de quadrilha.

Vão responder a processo o prefeito, os empresários, os vereadores Paulo Henrique Amos Ferreira (DEM), o Bambu, Humberto Teixeira Júnior (PDT), Sidlei Alves da Silva (DEM), além de Darci Caldo (ex-secretário municipal de governo), Jorge Antonio Dauzacker da Silva (assessor especial), Astúrio Dauzacker da Silva, Fabiano Furucho (arquiteto da prefeitura) e Sandro Ricardo Bárbara (ex-secretário municipal de Saúde).

Irmãos – A investigação Owari levou a PF a desencadear outra operação paralela, a Brothers, que apurou a organização criminosa montada pelos irmãos Everaldo e Eduarte Leite Dias, donos de empresas que mantêm contrato com órgãos públicos nas áreas de transporte, limpeza pública, poda de árvore e coleta de lixo.