A GUERRA POR ESPAÇO NO TIME DE DILMA

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

PT já disputa cargos no eventual governo Dilma

O PT espalhou que o PMDB já brigava por cargos em eventual governo Dilma Rousseff, com o objetivo de estigmatizar o partido do candidato a vice Michel Temer, imobilizando-o, mas são os petistas que promovem a “corrida ao ouro”. Antes cotado para a Casa Civil, por exemplo, o ex-ministro Antonio Palocci usa sua força na coordenação da campanha para garantir a presidência da Petrobras, que vale por mil ministérios.

Coutinho sobe

O ministro Guido Mantega deverá entregar a Fazenda a Luciano Coutinho, hoje presidente do BNDES, e retornar ao Planejamento.

PB na Casa Civil

Paulo Bernardo ganhou a confiança de Dilma e conhece como poucos o funcionamento do governo. Deve ir para a Casa Civil.

Como antes

Henrique Meirelles é lembrado para o Ministério da Fazenda, mas Dilma ainda o prefere na presidência do Banco Central.

Líquido e certo

Helena Chagas deve virar ministra no lugar de Franklin Martins, que trama para ele a fusão da Anatel com o Ministério das Comunicações.

Um estranho caso de ‘insubmissão militar’

O universitário Miguel Mendes de Souza, 26, está preso há quase um mês no quartel da Polícia do Exército, no Rio – de triste lembrança na ditadura – por “insubmissão”. Aos 18, ele descumpriu o serviço militar obrigatório e ao tentar regularizar a situação, foi escoltado até o quartel do Exército. Segundo o pai, dois advogados tentaram, em vão, sua liberação. O caso agora passou à Defensoria Pública fluminense.

Dura lex

A assessoria do Exército diz que apenas cumpriu a lei, e que o Código Militar prevê pena de até um ano. Miguel não pode sair do quartel.

Dose dupla

O PMDB do Rio Grande do Norte quer as presidências do Senado, com Garivaldi Alves, e da Câmara, com Henrique Eduardo Alves.

Tela quente

Um bom roteiro à procura de um diretor: “Todas as mulheres do presidente”, a versão brega-tupiniquim do célebre filme americano.

Interesse público

Ao contrário do ministro Marco Aurélio, para quem o caso Roriz perdeu o objeto, o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandoski, defenderá no Supremo a jurisprudência já seguida no Superior Tribunal de Justiça: a ação continua em razão do interesse público.

Efeito dominó

O efeito Roriz chega ao Pará: a deputada Elcione Barbalho pode substituir o ex-marido Jáder em sua candidatura ao Senado. Paulo Rocha (PT) aguarda posição da governadora Ana Júlia Carepa.

Faltou legitimar

Polêmica envolve a OAB, o TSE e o engenheiro Amilcar Brunazo Filho, do Comitê Multidisciplinar Independente, sobre a segurança das urnas eletrônicas. A OAB não teria legitimado o software do TSE, com “erros primários”, mas Ophir Cavalcante diz que foi apenas um mal-entendido.

Aliança histórica

No DF, o candidato ao governo Toninho do PSOL não tem chances, mas virou grande aliado da turma de Roriz, tirando votos do petista Agnelo Queiroz e fazendo dobradinha nos ataques à aliança PT-PMDB.

Mais um na lista

Está com os dias contados o corregedor-geral da Anatel, Henrique Gabriel, amigo de Israel Guerra e afilhado da ex-ministra Erenice. O Palácio do Planalto deve substituí-lo a qualquer momento.

Reta final

No Piauí, o tucano Sílvio Mendes, agora em terceiro, despenca nas pesquisas como José Serra na região. Aliados de Dilma, João Vicente Claudino e Wilson Martins, ao contrário, crescem na reta final.

Apagão democrático

Corrente na internet pede que se desliguem as luzes de casa na quinta (30), em protesto contra a corrupção, o voto obrigatório, controle da mídia e fichas sujas. Pode ligar a TV – a Globo exibe o último debate.

A regra do jogo

Com a língua solta e a corda toda na reta final da campanha, Lula poderia relaxar ouvindo a primorosa “Vivendo e aprendendo a jogar”, de Guilherme Arantes, que diz: “macaco que muito pula quer dançar.”

Mensagem do dia

O Brasil é uma caixinha de surpresas. Superfaturadas.

Poder sem pudor

A graça de xingar

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Robson Marinho era prefeito de São José dos Campos (SP) e estava num clube quando, de repente, um homem começou a gritar para ele: “Ladrão! Ladrão!” Marinho reagiu também gritos: “Ladrão! Ladrão!” Um assessor do prefeito não se conteve e aplicou um corretivo no provocador. Mas, para sua surpresa, em vez de elogios, tomou uma bronca do chefe: - Como você pôde fazer isso com o meu melhor parceiro de truco?! Quem conhece, sabe: a graça do truco – aliás, o jogo favorito do presidente Lula, na intimidade – é blefar e xingar o adversário.