"FRANKLIN" BEM LONGE DE DILMA

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

Dilma quer Franklin ‘mãos de tesoura’ bem longe dela

Confirmada a vitória de Dilma Rousseff neste domingo, dirigentes do PT têm algumas certezas. Uma delas é que o ex-jornalista Franklin Martins, ministro da Propaganda de Lula, não terá no novo governo a mesma influência que desfruta junto ao presidente Lula. A candidata prefere na área alguém que não esteja em “guerra” contra a imprensa, como Martins, e não tenha arestas; criá-las é a especialidade dele.

Símbolo do mal

A obsessão de controlar e intimidar a imprensa fez de Franklin Martins “mãos de tesoura”, uma espécie de um símbolo pró-censura.

Chávez, meu heroi

A busca por formas de controlar a mídia levou Franklin Martins a fingir que procurava “modelos” na Europa, mas seu modelo é o venezuelano.

Guerra particular

Dilma Rousseff teme que a idéia fixa de Franklin Martins coloque na sua conta uma “guerra” que não é dela, sobretudo contra redes de TV.

Mentes tortuosas

Antecessor de Franklin, Luiz Gushiken sonhava em silenciar jornalistas.Chegou a dizer que liberdade de expressão “não é um valor absoluto”.

Três petistas disputam presidência da Câmara

O PT elegeu o maior número de deputados federais, 88, por isso reivindica o direito de indicar o futuro presidente da Casa. É a praxe. Três petistas estão em campanha aberta. O principal é o líder Cândido Vaccarezza (SP), um amigo do presidente Lula, mas correm por fora o gaúcho Marco Maia, que faz campanha desde o começo do ano, e o chato de galocha Arlindo Chinaglia (SP), lanterninha nas preferências.

Fim da hegemonia

Agora com a segunda maior bancada (79 deputados), o PMDB perdeu finalmente para o PT o direito de indicar o presidente da Câmara.

Prestígio, tem

Henrique Alves (RN), ex-candidato a suceder Michel Temer, pode ser reconduzido à liderança do PMDB na Câmara ou virar ministro.

Ministro Adriano

O advogado Adriano Avelino, alagoano ilustre, está na lista tríplice enviada a Lula para vaga de ministro do Tribunal Superior do Trabalho.

Casa dos espíritos

O promotor José Carlos Blat, que obteve na Justiça paulista a quebra do sigilo fiscal e bancário do tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop João Vaccari Neto, suspeita que até centro espírita pode ter envolvimento na mutreta. O perigo é “baixar” Celso Daniel na sessão.

Fofoca da hora

O tema favorito dos meios jurídicos em Brasília não é a Lei da Ficha Limpa, mas o namoro da ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, com o ex-presidente FHC. Gente fofoqueira...

Ingratidão

O PT é ingrato com Romeu Tuma Jr. Quando deputado estadual, ele denunciou o célebre caso dos vestidos da primeira-dama Lu Alckmin. E a única ação movida contra o marido dela é de autoria do delegado.

Auditoria rigorosa

Vai ter gente perdendo o sono com esta notícia, depois de “adiantar” algum: as obras do governo do DF passarão por uma auditoria externa em todos os contratos, caso o petista Agnelo Queiroz se eleja hoje.

Te vi na TV

Está explicada a popularidade recorde de 83% de Lula, apurada em pesquisa. Como há oito anos viaja pelo mundo e não governa há dois meses, os entrevistados devem tê-lo confundido com um popstar.

Poço de mágoas

O senador eleito Jorge Viana (PT-AC) está magoado com o presidente Lula por causa da Operação Floresta, da Polícia Federal, realizada na véspera do primeiro turno. Teme que os documentos apreendidos comprometam os mandatos e a reputação dele e do mano Tião.

Briga no DEM

O senador José Agripino (DEM-RJ) brigou com a prefeita de Natal, Micarla Sousa, que resolveu apoiar Dilma. Agora, em represália, ele deve lançar o filho Felipe como candidato a prefeito em 2012.

Loja de louças

O vencedor da eleição terá louça nova no Planalto, se ficarem intactas até 1º de janeiro: por R$ 101,2 mil a Presidência comprará de potes de porcelana para iogurte a isopores, aqueles Lula adora carregar.

Pergunta didática

O deputado federal Tiririca seria capaz de ler um texto escrito por Lula?

Poder sem pudor

Conversa às cegas

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Wilson Braga era adversário de Ronaldo Cunha Lima, na Paraíba, e tentava se aproximar do político-poeta. Pediu a um amigo comum que promovesse uma reunião dos dois, mas recomendou absoluto sigilo: - Ninguém pode ver nada! Cunha Lima não contou conversa: - Não tem problema: vamos nos encontrar no Instituto dos Cegos! A reunião não foi realizada e o poeta ganhou a eleição.