RENOVAÇÃO OU HERANÇA POLITICA NA ASSEMBLÉIA

PAULO MELO CORUJA NEWS 

Os mesmos

Após denúncias renovação na Assembleia cai para apenas 35%

Mesmo com escândalo, índice é menor que o da eleição de 2006, quando troca de cadeiras foi de 37%
  Ivan Santos

Curi: após denúncias, parlamentar aumentou votação (foto: Franklin de Freitas)
A onda de denúncias de desvio de recursos e contratação de funcionários “fantasmas” não foi capaz de aumentar o índice de renovação da Assembleia Legislativa. Das 54 cadeiras em jogo, 35 serão ocupadas por parlamentares reeleitos, entre eles, o atual presidente da Casa, deputado Nelson Justus (DEM) e o primeiro-secretário, deputado Alexandre Curi (PMDB). Este último, responsável pela administração do Legislativo estadual, foi reeleito com a maior votação, com 134.233, superando os votos obtidos por ele na eleição passada.

Dezenove novos deputados foram eleitos para a Casa. Mas parte deles não pode ser computado como renovação, como é o caso de Mauro Moraes (PSDB), eleito em 2006, e cassado no ano passado por ter trocado o PMDB pela legenda tucana. Além disso, entre os novos eleitos está um grande número de “herdeiros políticos” como Anibeli Neto (PMDB), neto do atual vice-presidente da Assembleia, Antonio Anibelli (PMDB); Hermas Brandão Jr (PSB), filho do ex-presidente da Casa e atual presidente do Tribunal de Contas, Hermas Brandão; Pedro Lupion (DEM), filho do deputado federal reeleito e presidente estadual do DEM, Abelardo Lupion; César Silvestri Filho (PPS), cujo pai é o deputado federal reeleito César Silvestri (PPS). E Rose Litro (PSDB), mulher do atual deputado Luiz Fernandes Litro (PSDB), cuja candidatura à reeleição foi barrada com base na lei da “ficha limpa”.

Vários nomes de peso da política estadual ficaram de fora como o deputado Luiz Carlos Martins (PDT) e Duílio Genari (PP), ambos parlamentares com muitos mandatos. E também o ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMDB).