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Sarney desiste da reeleição: ‘já dei minha cota’
O senador José Sarney (PMDB-AP), que se recupera em Brasília, disse ontem a esta coluna que não disputará a reeleição à presidência do Senado. “Já dei a minha cota”, afirmou, com a voz ainda um pouco debilitada. Ele retornará ao trabalho nesta quarta ou amanhã “para que vejam que continuo vivo”, brincou. Sobre a arritmia que provocou seus dezoito dias de internação, Sarney admitiu: “tomei um susto danado”.
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Outro do PMDB
Com a desistência de Sarney, o PMDB, como partido de maior bancada, indicará o futuro presidente do Senado. É a praxe.
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Dois nomes
Entre os senadores são “candidatos naturais” à presidência dois ex-ocupantes do cargo: Garibaldi Alves (RN) e Renan Calheiros (RN).
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Aécio quer
O senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) tentará repetir sua proeza na Câmara, quando se elegeu presidente mesmo sendo um “outsider”.
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Movimento
Em Brasília desde domingo, José Sarney não pára de receber amigos preocupados com sua saúde. Mas agora ele parece bem melhor.
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Assessor de Erenice tem outra boquinha em Furnas
Acusado de extorquir políticos na Casa Civil do Palácio do Planalto, Vladimir Muskatirovic, chefe da gabinete da ex-ministra Erenice Guerra, não ganhou apenas a boquinha no conselho de administração da bilionária Norte Energia, que vai implantar a hidrelétrica de Belo Monte. Ele também é do conselho de Furnas Centrais Elétricas, igualmente indicado pela Casa Civil que foi chefiada por Dilma Rousseff.
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A língua muda
A polêmica em Portugal é a ofensiva publicitária do chá gelado Nestea, para incluir no dicionário a palavra “Mudasti”, slogan do refrigerante.
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Golaço do COI
A ex-presidente da Embratur Jeanine Pires vai cuidar da área de promoção das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
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Rousseff no ES
Guilherme Rousseff não é mais servidor da Polícia Federal. Ele atua na Procuradoria Geral do Estado do Espírito Santo desde maio de 2009.
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Como nos anos 70
Vai sair caro o factóide encomendado por Lula à Petrobras, dia 28, às vésperas da eleição. Usará helicópteros e apoio de navios da Marinha na visita ao campo petrolífero de Tupi, em ritmo de “Pra frente, Brasil”.
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Só o começo
O factóide de Lula, dia 28, tenta também ofuscar um escândalo que só começa: envolve Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás e amigo de Dilma em suposta fraude de 157 milhões de euros em banco alemão.
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À beira de um ataque
O ex-jornalista Franklin Martins, ministro da Propaganda, anda muito desanimado. É que, se Dilma perder, ele terá um ataque de nervos; se vencer também: ela deixou claro que prefere não tê-lo em seu governo.
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Desfile no Tuca
O ato de juristas favoráveis a Dilma Rousseff, no Tuca (célebre teatro da PUC-SP), foi organizado para virar autêntico desfile de candidatos a ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga de Eros Grau.
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Eu, não
Lula convidou Ciro Gomes para integrar a coordenação da campanha de Dilma, mas só o queria na tarefa de atacar José Serra. Demorou, mas a ficha caiu: Ciro não se sentiu bem no papel.
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Paulistas bestas
A frase publicada no Blog da Dilma foi retirada do ar, mas o jornalista Carlos Brickman a capturou. Era uma referência ao rival José Serra: “Zé Pedágio pensa que os nordestinos são ‘bestas’ como os paulistas”.
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Dois séculos
Segunda (25), a partir das 18h, a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP promoverá o lançamento do livro “Dois séculos de Justiça”, de Flávio Bierrenbach, ministro aposentado do Superior Tribunal Militar e ilustre ex-aluno do Largo de São Francisco.
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Milton Pitonisa
O jornalista Milton Neves acertou na mosca, ontem, quando previu o placar de 2x0 no jogaço Real Madri x Milan. Foi ele quem criou palpites sobre resultados de jogos importantes, na rádio BandNews FM.
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Herança maldita
Eleição vai, eleição vem, e Lula e FHC se enfrentam de novo.
- Poder sem pudor
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O jovem candidato
Em 1974, plena ditadura, quando o MDB mineiro decidiu lançar como candidato ao Senado o desconhecido prefeito de Juiz de Fora, Itamar Franco, a maior raposa do partido, deputado Tancredo Neves, foi à cidade conhecê-lo melhor, acompanhando-o em uma viagem de campanha. A certa altura, quando a comitiva passava junto a um quartel do Exército, Itamar disparou: – Deputado, o senhor tem visitado muito os quartéis? Tancredo sentiu a estocada, mas em segundos se recuperou com uma resposta que lembraria durante anos: – Tenho sim, meu filho. Tenho ido aos quartéis para visitar os presos políticos, jamais para cortejar os generais. Itamar passou o resto da viagem em silêncio.