CABRAL QUASE DETONA AÇÃO DA MARINHA NO RJ

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

Cabral quase ‘detona’ ação da Marinha no Rio

O governador Sergio Cabral não se conteve e revelou, logo no “Jornal Nacional”, quarta à noite, o que era um “segredo militar”: a entrada da Marinha na guerra contra o tráfico no Rio de Janeiro. O anúncio de Cabral acabou com o efeito surpresa, muito importante para o êxito de uma operação militar. Após a entrevista, a Marinha reforçou a segurança de suas unidades no Rio, temendo represália dos bandidos.

Finalmente nas ruas

O deslocamento dos blindados da Marinha, para enfrentar os criminosos, foi acompanhado do aplauso emocionado dos cariocas.

É guerra civil

Após a imagem do exército de bandidos fortemente armados, na tevê, talvez o governo federal perceba que o Rio vive uma guerra civil.

Havia um acordo

Fonte militar diz que o tráfico rompeu o acordo para evitar a zona sul do Rio, atacando aquele hotel em São Conrado. E a guerra começou.

Duas polícias

Avaliação de especialista: a polícia séria do Rio está perdida, sem saber como enfrentar o terrorismo, e a banda podre faz corpo mole.

Governo ignora assassínio de policiais federais

Portais oficiais do governo e até o site da Polícia Federal ignoraram o assassinato, dia 17, e o sepultamento dos policiais federais Mario Lobo e Leonardo Matzunaga, por traficantes, no Amazonas. Nem sequer noticiam o estado de saúde do policial Charles Nascimento, ferido no confronto. A única manifestação do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correia, foi enviada apenas pelo e-mail institucional dos servidores. Já a Procuradoria da República (AM) divulgou nota pública de pesar.

Herois esquecidos

No site da PF, foram publicadas desde o dia 17 dezesseis notícias sobre prisões e apreensões, mas nada sobre a morte dos heróis da PF.

Exemplo de fora

Na França e nos EUA, por exemplo, os presidentes reverenciam policiais mortos em serviço, comparecendo ao sepultamento.

Ministro nem aí

No dia seguinte à morte dos policiais, no programa “Bom dia, ministro” Luiz Paulo Barreto (Justiça) só tratou de moradores de rua de Maceió.

Dilma esquece mineiros

Dilma saiu há tanto tempo de Minas, onde nasceu, que parece ignorar os fundamentos de política, tão caros aos mineiros. Ela simplesmente não dá a menor pelota aos aliados que a  ajudaram a somar mais de 58% dos votos no Estado, que é liderado pelo tucano Aécio Neves.

Chumbo neles

O Exército está atento. Ontem, no começo da noite, desembarcou no Rio, de um vôo de Brasília, o general de brigada Flávio Murillo Barbosa do Nascimento, do Comando de Operações Terrestres do Exército.

CPI das fronteiras

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) recolhe assinaturas para criar a CPI das Fronteiras. Ele acha que a criminalidade no Rio é decorre da cocaína e das armas que entram à vontade no País.

Os financiadores

Enquanto o Estado finalmente resolveu agir, no Rio, com a decisiva e heróica participação da Marinha, a rapaziada do “asfalto”, cliente dos traficantes, poderia colaborar diminuindo o consumo de drogas.

Helio, o repórter

O ex-ministro das Comunicações Helio Costa, que perdeu a eleição para o governo de Minas, tem dito a amigos que retomará a carreira de jornalista que o consagrou, com ênfase especial na área investigativa.

Atraso de conveniência

Esta semana, o governador Sergio Cabral chegou atrasado à abertura da Socerex, Feira Internacional de Futebol, cujos organizadores, ingleses, apreciam a pontualidade britânica. Cabral evitou discursar (e explicar o caos no Rio), mas voltou depois, sem imprensa por perto.

Tietagem

Presente à Soccerex, o ministro Orlando Silva (Esporte) tietou o craque Neymar, do Santos. Disse-lhe que no Maracanã está sendo reformado só para que ele faça gols, na final da Copa do Mundo de 2014.

Caixa ineficiente

Continuam as reclamações sobre os problemas com o internet banking da ineficiente Caixa, que atrapalha a vida dos correntistas há cerca de vinte dias. O problema foi resolvido apenas parcialmente.

Espelho meu

A indicação do presidente Lula para a secretaria-geral da Unasul, em substituição a Néstor Kirchner, foi antecipada nesta coluna no dia 4 deste mês.

Poder sem pudor

Rosinha na cadeia

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Certa vez, durante uma reunião do PMDB em Brasília, a então governadora do Rio Rosinha Matheus proporcionou um momento de descontração do senador José Sarney. Ela contou como acabou na cadeia, nos anos 80: - Eu era “fiscal do Sarney”. Briguei no supermercado por causa do preço de um sabonete e fui parar na delegacia. O Garotinho teve de ir lá me tirar. Sarney adorou.