PSDB FINANCIOU CRISTOVÃO, PORÉM PEDIU APOIO

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

PSDB financiou Cristovam, mas exigiu apoio

A direção do PSDB impôs um ritual para fazer doações em dinheiro à campanha de Cristovam Buarque (PDT) a presidente, em 2006: ele deveria procurar o senador Tasso Jereissati (CE) no Senado, cumprimentá-lo e dizer que concordava com os termos do acordo. Assim foi feito, segundo revelou alto dirigente do PSDB. Pelo acordo, em troca, Cristovam apoiaria Geraldo Alckmin no segundo turno.

Relutância

Cristovam irritou o tucanato porque só declarou apoio a Alckmin no dia da eleição, 31 de outubro, a meia hora de encerrar a votação.

Desejo secreto

O financiamento secreto do PSDB a Cristovam Buarque objetivava tentar tirar votos do presidente Lula, que disputava a reeleição.

De onde saiu

O dinheiro doado à campanha de Cristovam tinha várias origens: o próprio PSDB, um banqueiro parente de Alckmin e construtoras.

Outro lado

Procurado, o senador Cristovam Buarque afirmou que gostaria de ter dito “enfaticamente, antes da publicação, que é tudo mentira”.

Produtora nega, mas recebeu dinheiro do PSDB

O diretor das produtoras Fabrika e F2 Filmes, José Luiz Nogueira, disse que suas empresas “nunca trabalharam ou estiveram ligadas, mesmo indiretamente”, à campanha presidencial de Geraldo Alckmin e “não trabalharam, até hoje, para o PSDB nacional”. Mas na prestação de contas de Alckmin à Justiça Eleitoral, há pagamentos à F2 Filmes no valor de R$ 200 mil, pela “produção de programas”. Bingo!

Batom na cueca

O pagamento do PSDB à F2 Filmes, que fez a campanha presidencial de Cristovam, revela que os tucanos pagaram despesas do pedetista.

Esperteza

O pagamento do PSDB à F2 Filmes foi fatiado (em notas de R$187 mil, R$ 9,3 mil e R$ 3 mil) para esconder o número redondo de R$ 200 mil.

Jet lag

Lula deve estar moído de inveja: o presidente da França, Nicolas Sarkozy, agora tem dois aviões: o Air Sarko One e a Carla Bruni.

Troco a caminho

Para o PMDB de Michel Temer, o deputado estadual Ivo Gomes (CE) foi apenas ventríloquo dos irmãos Cid e Ciro Gomes, ao dizer que fará promessa para “livrar Dilma do fisiologismo do PMDB”. O trio terá troco.

Inconsoláveis

Senadores se divertem apontando quem enfrenta dificuldades para absorver a derrota nas urnas. Três lideram o ranking: Tasso Jereissati (PSDB-CE), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Heráclito Fortes (DEM-PI).

A moeda é nossa

Um passaporte produzido pela Casa da Moeda custa R$ 9. Daí a “viagem” do contribuinte para entender por que a PF quer aumentar a taxa da emissão de passaportes de R$ 156 para R$ 190. Fora as filas.

Consolação

O deputado Carlos Daudt Brizola (RJ), o “Brizolinha” (ou Brizola Neto), anda deprimido por não ter sido reeleito. Como é querido no PDT, colegas pediram um cargo importante para ele no governo Dilma.

‘É queimacão’

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) acha que é tentativa de queimação envolvê-lo em briga por cargos: “Conhecendo bem a presidenta eleita Dilma, jamais a constrangeria protagonizando isso”, diz ele.

Os donos do mundo

O publicitário carioca Márcio Mascarenhas é mais uma das 300 vítimas do banco Santander nos Juizados Especiais: há três meses o banco garantiu por escrito extornar em 24h o dinheiro de seu cartão clonado.

Última esperança

A indenização de R$ 200 mil não cessou o “assédio moral” ao ex-gerente de transportes dos Correios no Rio, Isio Mauro Cudischevitch – caso denunciado aqui em 2006. Ele apelou ao deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), amigão de Dilma, para tirá-lo da “geladeira”.

Só alegria

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) recebeu com alegria a ideia da eleição do deputado José Aníbal (SP) como líder do PSDB na Câmara. Eles são antigos amigos, que militaram juntos nos tempos de ditadura.

Pensando bem...

...se Deodoro da Fonseca soubesse no que ia dar a República, teria proclamado apenas um feriado.
  

Poder sem pudor

Sessão espírita

Foto
Na ausência de deputados, na Câmara, uma sessão legislativa virou sessão espírita. Luiz Carlos Bassuma (PT-BA) presidia a sessão em homenagem a Allan Kardec, diante de um plenário esvaziado, quando pediu que os presentes entrassem “em sintonia” com os espíritos, para uma oração. A partir desse momento, ele mudou a voz e começou a proceder como se estivesse possuído por alguma entidade. Depois voltou ao normal e encerrou a sessão. Tem gente desconfiando de encenação.