O penúltimo dia de trabalhos da Assembleia Legislativa do Paraná este ano foi bastante tumultuado. Nesta quarta-feira, os deputados votaram 57 projetos em mais de seis horas de discussões. A votação começou às duas e meia da tarde e só terminou às oito e meia da noite, por falta de quórum. Apenas 25 dos 54 parlamentares estavam em plenário. O mínino para que haja votação é de 28. O plenário foi transformado em comissão geral, o que significa que emendas foram votadas sem que os textos passassem pelas comissões da Casa. Um pacote de sete leis que beneficiam o Tribunal de Justiça foi aprovado. Elas fazem a reestruturação da carreira dos servidores, mudança de cargos e ainda concedem um auxílio alimentação aos funcionários do TJ. O deputado Jocelito Canto (PTB) se manifestou contrário aos projetos. Outro projeto que causou bastante polêmica é o que faz o reajuste de quase 34% das custas dos cartórios. Com a nova lei, as pessoas que precisam emitir certidões e fazer registros devem pagar mais caro a partir do começo do ano que vem. O projeto já tramita na Casa desde 2007 e só agora foi levado a plenário. Durante a discussão deste projeto houve muita confusão e muitos parlamentares ficaram alterados. Irritada com a situação, a deputada Rosane Ferreira (PV) deixou o plenário e discutiu com o deputado Antônio Anibelli (PMDB), que presidia a sessão. O deputado Tadeu Veneri (PT) reclamou da pressa para aprovar as propostas. Os deputados também aprovaram o projeto de lei de autoria do peemedebista Antonio Anibelli que aumenta o salário dos secretários estaduais. Eles devem receber 70% dos ganhos do governador do estado, o que representa um salário de 18.700 reais. A última sessão do ano está marcada para esta quinta-feira, às nove horas da manhã. Na pauta está o orçamento do estado para 2011.